Esta quinta-feira, dia 29 de novembro, a Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA) deu lugar a uma conferência onde se debateu a “Economia Digital como Eixo do Marketing Territorial”.
Este evento focou-se nas oportunidades e potencialidades dos jovens empreendedores, que começam a ser reconhecidas pelas empresas da região.
O primeiro painel foi dedicado aos "Desafios e Oportunidades ao Empreendedorismo", composto por ex-alunos da ESTA, tendo sido eles, José Brízida, da Mosca Digital, Alexandre Carrança, da Immersive / Pyx, Andreia Almeida, da DialReset, e Sérgio Aleluia, da Tomar TV, com a moderação de Fátima Saraiva, da TagusValley.
O segundo painel foi referente ao tema "Políticas e Estratégias de Desenvolvimento" e teve como personalidades convidadas: Paulo Fernandes, Presidente da CM Fundão, Maria do Céu Albuquerque, Presidente da CM Abrantes, Nuno Dionísio, Diretor do CENIT IBM/ Softinsa e Luís Curvelo, Diretor de Inovação do Grupo Compta, com a moderação de Flávio Nunes, do jornal ECO.
O momento serviu para que Maria do Céu Albuquerque anunciasse que "tudo está praticamente pronto para a construção da nova Escola Superior de Tecnologia".
"Não vos consigo prometer que iremos proceder ao lançamento do concurso público ainda este ano, mas vamos fazê-lo rapidamente, porque entendemos que a manutenção do ensino superior em Abrantes e no nosso território é um fator distintivo", avançou a autarca abrantina.
A presidente salientou ainda que a Câmara está a trabalhar em novos projetos com a Compta e o IBM, destacando que estas parcerias fazem com que os alunos "escolham Abrantes para estudar" e, que assim, possam ter a oportunidade de ficar na cidade e criar uma vida profissional e familiar, evitando "um fenómeno natural que é sair das zonas periféricas para as zonas mais metropolitanas".
Por sua vez, Nuno Dionísio, Diretor do CENIT IBM/ Softinsa, além de explicar no que consiste o IBM/Softinsa, falou sobre as razões pelas quais a empresa se instalou na zona centro do país, dizendo que o IBM "teve vários incentivos" por parte das autarquias e que essas mesmas tiveram "um papel muito importante para a instalação da empresa na região do Médio Tejo”.
Para além dos apoios das autarquias, outro dos motivos pelo qual a Softinsa se instalou na região centro foi devido ao facto de que "existem instituições de ensino superior que nos garantem qualidade", dando assim exemplos estatísticos de que "60% dos nossos colaboradores vieram do IPT e das mais variadas áreas, como é o exemplo do curso de Gestão, Contabilidade, Auditoria,” entre outros.
Luís Curvelo, Diretor de Inovação do Grupo Compta, destacou os motivos da vinda da empresa para Abrantes, referindo que encontrou “uma triangulação perfeita até ao momento". Salientou que na cidade abrantina "encontrámos uma infraestrutura tecnológica avançada [o TAGUSVALLEY], encontrámos condições do ponto de vista do saber e encontrámos uma visão comum nestes pilares".
Luís Curvelo, Nuno Díonisio, Paula Grijo da CMA, Paulo Fernandes
Já Paulo Fernandes, presidente da CM Fundão, deu o exemplo da cidade que preside para explicar como é que uma cidade pode crescer e desenvolver-se através da marca territorial, destacando "a cereja do Fundão" que é um exemplo "em termos de marketing territorial”, tendo potenciado aquele concelho.
O responsável referiu ainda que "não foi fácil " manter a marca territorial [associada à cereja], dizendo que foi “preciso ter um planeamento fechado relativamente à defesa e à utilização da marca".
Por último, Sofia Mota, diretora da ESTA, fez um balanço "efetivamente muito positivo" da ação, pelo facto de a escola ter acolhido “pessoas com grande notoriedade no trabalho” e que vieram “genuinamente partilhar as usas experiências e vivências do dia-dia”.
A diretora não escondeu o "orgulho " de voltar a "receber os ex-alunos que vêm comprovar que de facto temos aqui na ESTA e no IPT um ensino de qualidade, baseado na aprendizagem".
Nélio Dias