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São 10 alunos e duas professoras de uma escola da Estónia que por estes dias têm estado por Abrantes no âmbito do Programa Erasmus +, na Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes.
A professora Cláudia Nobre, a responsável pelo programa no Agrupamento n.º 2 de Abrantes e coordenadora do Clube AEN2 pelo Mundo, explicou que estes alunos “fazem parte de uma mobilidade que andámos a preparar desde o ano passado e que este ano está, de facto, a ser concretizada”. Adiantou que esta mobilidade “passa por alunos e professores” e que, ainda durante este ano, “iremos ter três destinos para alunos”. Depois da visita dos 10 alunos da Estónia, será a vez de 10 alunos de Abrantes visitarem o país báltico. Irão também haver mobilidades à Hungria, com a visita a ser depois retribuída “no outono” e ainda com Atenas, na Grécia. Na totalidade, “serão 30 alunos portugueses em mobilidade”.
Por outro lado, há ainda o job shadow, “que contempla 10 professores que irão assistir a aulas e fazer atividades numa escola em Itália, junto a Florença, e ainda numa escola na Hungria”.
A professora Cláudia Nobre informou que “todo este projeto Erasmus foi apoiado no ano passado pela União Europeia e tem a ver com a cidadania e com a participação democrática”. Ou seja, “perceber nos países onde vamos e os que recebemos como se processa o funcionamento das instituições democráticas, do Governo, o processo leitoral...”
O grupo de alunos e professores da Estónia foram recebidos logo no aeroporto de Lisboa e estão a ser alojados em famílias de acolhimento. “É importante dizer que as famílias portuguesas receberam-nos incrivelmente bem”.
Num dos dias desta semana, um deles foi livre e da responsabilidade das famílias que os acolheram. Os destinos foram variados e passaram por Évora, Nazaré ou Lisboa. No que diz respeito a atividades, “eles têm assistido às aulas, foram recebidos na Câmara Municipal pelo senhor presidente, foram a Mouriscas visitar um sistema de ensino profissional na EPDRA e esta quinta-feira estiveram em Tomar, a visitar o Convento de Cristo e também o Centro de Ciência Viva em Constância, bem como o Castelo de Almourol”.
Na escola, “têm feito muitas atividades relacionadas com música, com a dança, fizeram uma apresentação do seu país e ainda um peddy paper por Abrantes onde visitaram vários monumentos, como a fortaleza ou o MIAA”.
Já a comunicação não tem sido assim tão fácil. “Eles falam estónio e é mesmo uma língua nada fácil de tentar replicar. Fizemos um workshop de palavras úteis mas com quem eu fiquei mais agradavelmente surpreendida foi com os nossos alunos, os portugueses, que dominam extremamente bem o inglês, conseguem comunicar perfeitamente com eles e os estónios também se conseguem fazer entender. Mesmo assim, os alunos da Estónia têm um bocadinho mais de dificuldade em comunicar em inglês mas, na globalidade, todos falam muito bem uns com os outros”, assegurou a professora.
Relativamente à “escolha” dos alunos que integram estes programas de mobilidade, Cláudia Nobre reconheceu que “essa foi uma das nossas principais preocupações no início”. Explicou depois que “este projeto foi vocacionado para o Secundário, porque achamos que estes alunos, quando estão na reta final, também deveriam ter uma experiência de União Europeia e do projeto de internacionalização do Agrupamento. Então, a equipa definiu critérios de seleção que “passam por apoios a alunos com necessidades educativas, alunos que tenham uma situação financeira mais difícil - visto que os pais que tenham uma melhor situação financeira, mais facilmente podem levar os filhos ao estrangeiro e os outros não -, as notas, o comportamento e o mérito”. São os alunos que se inscrevem na página do Agrupamento, “onde a Carta de Motivação é muito importante”, a equipa seleciona e analisa pelos critérios e faz uma lista “onde uns vão ficando efetivos, outros em suplente, e vamos gerindo”.
Fotos: AEN2 de Abrantes
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