A ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou hoje que o país está preparado para “enfrentar o regresso” à escola em segurança e que, volvidos seis meses do início da pandemia, está também preparado para um eventual “recrudescimento” da covid-19.
“Aquilo que queremos hoje sublinhar é que estamos preparados para enfrentar o regresso à escola em segurança das nossas crianças e jovens adultos, e também estamos melhor preparados há seis meses atras. Passaram pouco mais do início da pandemia para enfrentar um eventual recrudescimento da doença”, afirmou Marta Temido.
A ministra, que falava à margem da reunião sobre a evolução da covid-19 em Portugal, que juntou peritos, políticos e parceiros sociais, no Porto, disse ainda que tal será possível porque o país tem “mais meios, experiência e conhecimento” embora o contexto seja “naturalmente de grande exigência”.
“Temos mais capacidade de testes, mais capacidade de cuidados intensivos, equipas na saúde pública que estão mais preparadas para estas respostas localizadas em trabalho com todos os atores”, sublinhou Marta Temido.
Depois de uma reunião que, segundo a ministra, "permitiu fazer o ponto da situação da evolução da doença em Portugal", Marta Temido realçou também que a luta contra a covid-19 é “um processo que vai contar com a capacidade de ir incorporando aquilo que é a nossa aprendizagem”.
O encontro de hoje foi o primeiro depois do verão e o primeiro a realizar-se no Porto e contou com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa - que saiu sem prestar declarações, ao contrário do que aconteceu em todas as outras reuniões - o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, bem como líderes e representantes partidários, patronais e sindicais.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 889.498 mortos e infetou mais de 27,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.843 pessoas das 60.507 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
Lusa