A Escola Básica e Jardim de Infância de Mouriscas, no concelho de Abrantes, com cerca de 40 alunos enfrenta problemas estruturais que têm levado a que chova dentro do espaço escolar.
O assunto foi notícia esta semana e os pais chamaram ao local o executivo camarário de Abrantes.
Rui Santos, vereador do PSD, conta que se deslocou à escola pois tinha sido “alertado para a existência de um problema naquele espaço. Problema esse que consistia no facto de estar a chover dentro da escola”.
“Durante aquela manhã recebi no meu email várias fotografias. No meu próprio facebook alguns alertas e houve um cidadão que é membro da Assembleia de Freguesia que fez um pedido a todos os vereadores para irem ao local. Eu achei que devia de aceitar o desafio e desloquei-me à escola, encontrando-me com a Associação de Pais”, explicou.
Rui Santos avança que no local constatou “aquilo que me vinha sendo relatado durante a manhã. Há vários pontos dentro da escola em que está a chover. Há um sítio muito problemático porque é por cima de um quadro elétrico. E temos várias zonas, temos uma arrecadação, onde tudo o que ali estava, estava tapado com plástico, uma entrada de uma sala de aula e uma casa de banho que já tinha o chão molhado”.
“A única questão que coloco aqui que me deixou um pouco desagradado foi o facto da Associação de Pais ter dito que já tinham enviado uma serie de emails à Câmara Municipal a dar conta da situação”, fez notar o vereador social-democrata.
Rui Santos finalizou, dando conta que é seu “entendimento, que os vereadores com pelouros ou da oposição, têm o dever e o direto de acompanhar estas situações e chamar a atenção da maioria [socialista] dos problemas do concelho, porque acima de qualquer partido está o Município”.
Contactada pela Antena Livre, Celeste Simão, vereadora com o pelouro da Educação, começou por explicar que “têm surgido alguns escorrimentos nas paredes de uma casa de banho e de uma arrecadação junto ao pavilhão, que acabam por juntar alguma água no chão e que provêem do exterior. Há uma junta de dilatação que abriu e que permitiu a infiltração da água”.
“Como a junta de dilatação abriu, permitiu mais entrada de água e fez com que a água começasse a correr pelas paredes. Verificou-se um agravamento agora nestes últimos dias tendo em conta estas chuvadas que tivemos na região”, acrescentou.
A responsável explicou que as obras para minimizar a situação iniciaram na sexta-feira. “Neste momento o que se fez foi desviar essas águas que estavam a entrar pela junta de dilatação e desviá-las para outro lado para que não corressem para dentro da escola. Esta sexta-feira colaram a tela e vamos ver como fica porque com a chuva não é fácil levar por diante estes procedimentos”, avançou a vereadora, considerando que o assunto “não fica totalmente resolvido porque a água pode deixar de entrar, mas de qualquer maneira é preciso mudar aquela cobertura”.
Questionada sobre o facto de a Câmara já ter conhecimento dos problemas estruturais há muito tempo, Celeste Simão disse que não podia confirmar a informação, dando conta que “a intervenção já estava planeada há já bastante tempo, tanto que já estava no orçamento (…) nós já tínhamos estudado esta situação [da mudança da cobertura] e não havia propriamente água a cair dentro da escola. A situação não ocorria. Aconteceu devido às fortes chuvadas dos últimos dias (…) Portanto, era previsível que isto pudesse vir a acontecer”.
“O assunto estava a ser acompanhado, o problema já tinha sido sinalizado, os técnicos já tinham tentado melhorar a situação. Agora devido às fortes chuvadas o problema agravou-se”, fez notar.
Celeste Simão lembrou ainda que algumas reparações têm sido feitas, “através do protocolo de manutenção com as Juntas de Freguesia” e que a escola entrará em obra para mudar a cobertura ainda em amianto no próximo verão.