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Dia Mundial de Combate ao Bullying: Ordem dos Psicólogos cria manual sobre este problema

20/10/2024 às 09:30

Como perceber se estamos a exercer bullying sobre alguém? E como saber se estamos a ser vítimas desse comportamento? Quais os traços mais comuns nas vítimas? E nos agressores? O bullying é um sério problema que consiste em ter comportamentos agressivos, sejam eles físicos ou psicológicos para com alguém e que, por norma, acontecem de forma propositada e repetida. Mais de 60% das vítimas de bullying não denuncia o agressor. Quem acaba por fazer a denuncia demora, em média, 13 meses para a fazer.

Para assinalar o Dia Mundial de Combate ao Bullying, 20 de outubro, a Ordem dos Psicólogos Portugueses tem disponível um manual, suportado por evidência científica, muito abrangente sobre este problema que, segundo a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV)aumentou 181% entre 2020 e 2022.

Fatores que tornam alguém a ser mais propenso a ser vítima de bullying:

Ser visto como diferente pelos outros (por exemplo, ser o/a mais baixo/a da turma, ter uma deficiência, pertencer a uma minoria). Ser introvertido; ter poucos amigos na escola; ser exposto a conflitos ou violência no ambiente do lar e familiar.

Características comuns de perfil nas vítimas de bullying:

- São consideradas mais frágeis pelos agressores/as (por exemplo, têm menos força física) e, geralmente, são mais novas que o agressor); Muitas vezes, têm uma visão negativa de si mesmas (baixa autoestima), muitas vezes agravada pelo bullying continuado a que são sujeitas.

- Frequentemente adotam comportamentos passivos ou submissos, que as tornam mais vulneráveis e inseguras perante os agressores.

- Sentem-se incapazes de lidar com a situação, considerando-se indefesas e impotentes para resolverem ou lidarem o problema.

- Na maioria dos casos ficam em silêncio, não denunciam a situação, por receio de novas agressões, por vergonha, por receio de que não acreditem nelas, por acharem que ninguém vai ser capaz de as ajudar ou por sentirem culpa – não raras vezes, sentem que têm, de facto, um problema ou defeito, que justifica o tratamento a que são sujeitas.

As pessoas que fazem bullying são os agressores, também apontados como bullies, são frequentemente pessoas com características muito diversas e praticam o bullying por vários motivos diferentes:

- Dificuldades em gerir as emoções, como estratégia para conseguir algo (por exemplo, para se sentirem importantes ou serem populares na escola) ou por preconceitos para com a vítima (por exemplo, porque tem uma aparência diferente, porque é mais tímida ou reservada ou porque é de outra raça, religião ou orientação sexual).

- Por reprodução de comportamentos agressivos para com eles próprios ou na sequência da exposição a conflitos ou a comportamentos agressivos (por exemplo, alguns bullies têm famílias onde toda a gente grita, empurra e chama nomes e copiam o que veem outros fazer).
- Por falta ou menor empatia pelos seus pares, apresentam mais dificuldades em seguir regras e uma atitude positiva em relação a atitudes ou comportamentos violentos.

Também os agressores, ou bullies, revelam problemas a curto e longo prazo, sendo traços comuns no seu perfil os seguintes: dificuldades escolares/académicas; taxas mais elevadas de consumo de substâncias. (A longo prazo correm maior risco de se tornarem adultos/as mais dispostos à violência ou mesmo crime).

Aceda ao documento VAMOS FALAR SOBRE BULLYING, disponibilizado pela Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Checklist: Estou a ser vítima de bullying ou a ser eu o Bullie?

 

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