O Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) está a liderar um projeto que visa reforçar a transferência de conhecimento científico e tecnológico para empresas dos setores do ambiente, água, energia e agroindústrias, foi hoje divulgado.
O projeto TransCoTec, no âmbito de uma candidatura ao Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (POCI), envolve um consórcio, liderado pelo IPP, que envolve também os institutos politécnicos de Santarém e de Tomar.
“Queremos potenciar as atividades de transferência de tecnologia, quer aquelas que são desenvolvidas no seio destes três politécnicos, como no seio das diversas redes em que os mesmos estão integrados, sempre numa perspetiva de colaboração com as empresas, com os atores do território”, explicou à agência Lusa Artur Romão, coordenador do projeto no IPP.
De acordo com o responsável, o projeto espera centrar-se no auxílio a áreas de atividades consideradas “fundamentais”, como a energia, a água, o ambiente e as agroindústrias.
“O investimento para os três politécnicos ronda os 750 mil euros, com um incentivo de 85% por via do programa comunitário COMPETE” e a iniciativa “vai centrar-se na região centro e na região Alentejo”, disse.
O período de execução do projeto decorre “até junho de 2023”, acrescentou Artur Romão, indicando que a iniciativa conta “com uma equipa que ronda cerca de 60 investigadores”.
Além de estar prevista, para "breve" a disponibilização de uma página na Internet sobre o projeto, os três politécnicos esperam ainda desenvolver eventos, como mostras tecnológicas, feiras, visitas a empresas e visitas internacionais.
A criação de uma ‘newsletter’ e de um observatório tecnológico para “promover e identificar” melhores práticas de transferência de tecnologia são outras das tarefas a concretizar.
“O que nós pretendemos é que nestas áreas fundamentais de atividade (ambiente, água, energia e agroindústria) consigamos pôr em contacto e realizar trabalhos em conjunto entre os investigadores, docentes e as empresas, promovendo processos de desenvolvimento comum”, explicou o coordenador no IPP.
Artur Romão disse esperar que, no final do período de financiamento, o projeto seja “um ponto de partida” de “uma nova dinâmica” no que se refere aos processos de conhecimento e tecnologia naqueles territórios.
Lusa