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PS questiona Governo sobre problemas na escola Manuel Fernandes em Abrantes

19/01/2017 às 00:00

Os deputados do PS eleitos por Santarém questionaram o ministro da Educação sobre os problemas na Escola Básica e Secundária Manuel Fernandes, em Abrantes, denunciados pelos alunos daquele estabelecimento, que hoje fizeram uma greve de protesto.

Os deputados António Gameiro, Idália Serrão e Hugo Costa afirmam-se preocupados com os problemas de infraestruturas e de falta de pessoal não docente apontados por alunos, professores, pais e direção da escola, questionando o ministro Tiago Brandão Rodrigues sobre se conhece a situação, que diligências e que intervenções ocorreram nesta escola e qual a situação dos funcionários.

Na pergunta entregue hoje no parlamento, os deputados lembram que a escola, construída em 1959 e atualmente frequentada por 800 alunos e com 120 professores, foi alvo de obras de requalificação pela Parque Escolar, iniciadas em 2011 e interrompidas em setembro de 2012 “por decisão do anterior Governo” e que o município de Abrantes tem mantido contactos com a empresa no sentido da conclusão da intervenção “no mais curto espaço de tempo”.

“Entre as queixas apresentadas temos falta de portas, problemas nas infraestruturas desportivas e problemas na temperatura de água dos balneários”, afirmam os deputados.

O documento cita informações da Parque Escolar aos órgãos de Comunicação Social, garantindo que, estando ainda a obra em período de garantia, o empreiteiro tem feito as reparações, nomeadamente nas portas das salas de aula, situação que os deputados perguntam se de facto está resolvida e desde que data.

Cerca de 200 alunos da Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes fizeram hoje greve às aulas em protesto contra a degradação daquele estabelecimento de ensino e pela contratação de mais auxiliares de ação educativa.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz do denominado Movimento de Alunos do Liceu (MAL), João Morgado, disse que o que está em causa "é a falta de pessoal não docente, que levou já ao encerramento da biblioteca escolar, e a degradação do estabelecimento de ensino, que não tem água quente nos chuveiros, o que originou a suspensão das aulas de educação física".

Para João Morgado, estes problemas "não são admissíveis numa escola praticamente nova", lembrando que foi uma das muitas intervencionadas pela empresa pública Parque Escolar.

As obras de requalificação foram concluídas há cerca de dois anos, mas "as caldeiras de aquecimento de água dos balneários não funcionam, há salas de aulas sem portas, um campo desportivo com fissuras no chão e vídeo-projetores e computadores fora de uso por falta de manutenção”, resumiu.

Lusa

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