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Ensino Superior: Quase 50 mil colocados na 1.ª fase do concurso de acesso ao ensino superior

25/08/2024 às 10:07

Quase 50 mil alunos conseguiram colocação na 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, número que representa um aumento em relação ao ano passado, ficando de fora apenas 14,3% dos candidatos.

Dos 58.301 jovens que se candidataram, 49.963 asseguraram já um lugar no ensino superior, mais 1,1% em relação à mesma fase do concurso realizado no ano passado, apesar da ligeira diminuição do número de candidaturas, revelam dados disponibilizados pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI).

No dia em que foram conhecidos os resultados da 1.ª fase do concurso, divulgados às 00:00 na página da Direção-Geral do Ensino Superior (http://www.dges.gov.pt), as notícias não podiam ter sido melhores para os 28 mil alunos colocados na sua primeira opção (56,1%).

Nove em cada 10 (87,8%) conseguiram entrar numa das suas três primeiras escolhas, “os valores mais elevados dos últimos anos e um dos fatores mais relevantes para o sucesso académico”, sublinha a tutela.

Entre os 1.119 cursos em instituições públicas que estavam disponíveis nesta fase do concurso, 815 tiveram todas as vagas ocupadas, sobrando apenas 4.966 lugares, a maioria (76,8%) em institutos politécnicos.

As vagas que não foram agora ocupadas, o número mais baixo desde 1999, vão ser colocadas a concurso na 2.ª fase, que arranca na segunda-feira.

Só quatro instituições de ensino superior esgotaram todas as vagas: as escolas superiores de enfermagem de Coimbra, Lisboa e Porto e o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa.

A instituição menos procurada foi novamente o Instituto Politécnico de Bragança, que ficou com 975 lugares disponíveis, seguido dos politécnicos de Viseu (416), Guarda (338) e Castelo Branco (318).

Como nos anos anteriores, as três universidades com maior número de vagas disponíveis foram também as mais procuradas, incluindo para primeira opção: 9.167 candidatos escolheram a Universidade de Lisboa, que tinha 7.442 vagas, 8.069 escolheram a Universidade do Porto, com 4.781 vagas, e 4.104 preferiram a Universidade Nova de Lisboa, que tinha apenas 2.823 vagas.

Mais uma vez, os cursos de Engenharia Aeroespacial registam as médias de entrada mais elevadas, todos acima dos 18 valores, num grupo de 23 cursos onde se encontram também cinco dos oito mestrados integrados em Medicina.

Por outro lado, houve 31 cursos para os quais nenhum aluno concorreu, sendo a esmagadora maioria nas áreas de engenharias e em institutos politécnicos.

A nota do MECI acrescenta que, entre os perto de 50 mil alunos colocados na 1.ª fase, 1.655 serão beneficiários de escalão A de ação social escolar, dos quais 1.178 conseguiram colocação através desse contingente prioritário.

Entraram ainda 214 estudantes através do contingente prioritário para candidatos com deficiência (mais 19,6% do que no ano passado) e 402 através do contingente para emigrantes portugueses, familiares que com eles residam e lusodescendentes (mais 10,4%).

O número de colocados em instituições localizadas em regiões com menor procura e menor pressão demográfica diminuiu ligeiramente (2%) e o mesmo aconteceu nos cursos mais competitivos (com maior número de candidatos em primeira opção no ano anterior com média acima dos 17 valores), em que os 4.116 colocados representam menos 19% face ao ano passado.

Já nos cursos apoiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência, das áreas de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática, o número de alunos com colocação cresceu 5,5%.

Os estudantes colocados têm agora até quinta-feira para realizar a matrícula. Aqueles que pretendam podem candidatar-se à 2.ª fase a partir de segunda-feira e até 04 de setembro, seguindo-se depois a 3.ª fase entre 21 e 24 de setembro.

“Deste modo, garante-se o início de atividade letiva praticamente em simultâneo para todos os novos estudantes, evitando a perda de cerca de três semanas de aulas para estudantes colocados na 2.ª fase e cerca de seis semanas de aulas para estudantes colocados na 3.ª fase”, sublinha o MECI.

Lusa

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