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Silva e Rico premiou melhor aluno de Matemática da ESSA (com áudio)

19/12/2019 às 00:00
Pedro Sousa

A empresa abrantina Silva e Rico, Lda, que este ano comemora 100 anos de existência [1919-2019] decidiu, em colaboração com a Escola Secundária Dr. Solano de Abreu (ESSA), instituir o prémio para o melhor aluno de Matemática do ano 2018/2019. Prémio de Matemática porque, revelou Arturo Cortes Fernandez, gerente da empresa, o fundador desta, Joaquim Rico, tinha na base da sua vida de negócios o “saber fazer contas”.

A cerimónia de atribuição do prémio, constituído por um diploma e por um cheque de 400 euros, foi atribuído ao jovem Pedro Miguel Marques Sousa, que fez o 12.º ano de escolaridade em 2018/2019, e que foi igualmente o melhor aluno desta escola. Pedro Sousa garantiu a melhor classificação da disciplina ao conseguir 19 valores. Nesta altura o jovem estuda na universidade de Manchester, em Inglaterra, Ciências da Computação que por cá seria equivalente à Matemática e a Engenharia Informática.

Pedro Sousa agradeceu explicou porque escolheu estudar em Inglaterra e sobre o prémio e deixou como nota aos ex-colegas que assistiam à cerimónia “vale a pena trabalhar. Estudem”.

Já Jorge Costa, diretor da ESSA revelou que há sempre uma grande discussão dobre os benefícios e prejuízos de atribuir prémios, mas que a sua posição é simples, de concordância com a existência deste tipo de ações. “Acho que o mérito deve sempre ser premiado, por isso concordo com este tipo de iniciativas”.

Arturo Cortés Fernandez explicou que já em 2006, no ano em que o fundador da empresa, Joaquim Rico, faria 100 anos, também fizeram uma distinção aos melhores alunos da Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes.

O empresário desejou os maiores sucessos ao jovem Pedro Sousa e deixou a nota de que este apoio já não é novidade, pois já tinha tido outra ação, em 2006.

Arturo Cortés Fernandez explicou que a empresa fundada por Joaquim Rico, o seu patrão durante muitos anos, continua ativa, agora mais no ramo imobiliário com várias lojas arrendadas no centro histórico de Abrantes e até casas de habitação. Explicou ainda que nunca foi ativo na sociedade, era a mulher quem geria a empresa, porque se dedicou à cerveja, com a empresa de distribuição da Central de Cervejas, cujo edifício da Cervinal foi adquirido pela Câmara de Abrantes para ser o quartel dos Bombeiros de Abrantes.

Mas recuemos ao ano de 1919 quando Manuel José Coelho, Joaquim Rosado Rico e Eduardo Dias da Silva fundaram a empresa Coelho, Silva e Rico. Mais tarde com a saída de José Coelho, a sociedade manteve os outros dois sócios, passando a chamar-se Silva e Rico.

Quanto a Arturo Cortés Fernandez, nasceu na Galiza, onde ainda tem uma casa de família, mas foi em Abrantes que construiu a sua carreira de empresário, principalmente com a empresa de revenda da Central de Cervejas para vários concelhos dos distritos de Santarém, Castelo Branco e Portalegre.

Arturo Cortés Fernandez foi gerente de diversas empresas e mantém-se hoje como gerente da empresa aos 81 anos e meio e [entre risos] diz que está “a ultrapassar a média de idades de Portugal”.

Arturo Cortés Fernandez

Pequeno auditório da ESSA

Familia Cortés Fernandez com o diretor da ESSA (à esquerda) e com o melhor aluno de matemática, Pedro Sousa (à direita)

 

 

 

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