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Feira Mostra de Mação: “A diversidade que temos, faz com que valha a pena vir a Mação este verão” - Vasco Estrela

28/06/2023 às 09:30

Local de encontro de maçaenses, a Feira Mostra de Mação regressa ao Largo da Feira para mais um evento em que o melhor do que se faz no concelho vai estar em destaque. Mas há muito mais a acontecer em Mação e foi isso que fomos saber em entrevista com Vasco Estrela, presidente da Câmara Municipal.

 

Por Patrícia Seixas

 

Mais uma Feira Mostra em Mação. Há alguma alteração no modelo?

A Feira segue a linha dos anos anteriores. Vamos ter alguma reformulação de espaço, relativamente ao ano passado, na disposição do palco que vai mudar de local. Era nossa intenção termos a reabertura do Piso 0 do Museu mas, infelizmente, não vai ser possível, uma vez que a obra não estará concluída a tempo. Diria que o grande destaque deste ano tem a ver com um enfoque muito especial na área florestal, um pouco mais do que nos anos anteriores, fruto do processo que o concelho de Mação está a viver com as Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP). Penso que, nesse âmbito, estamos a viver um momento histórico para o concelho - e vamos aproveitá-lo - para dar a conhecer àquelas pessoas que, eventualmente, ainda tenham algumas dúvidas relativamente a este processo e, por outro lado, a outras que possam estar interessadas em ter mais informação, para termos ali um local de esclarecimento profundo relativamente à mesma. Razão pela qual convidei, e aceitou, o senhor secretário de Estado da Conservação da Natureza e das Florestas, João Paulo Catarino, para vir presidir à inauguração formal da Feira no dia 30.

 

E como está a correr o processo das AIGP?

Diria que estão a correr dentro das expetativas. A Câmara Municipal de Mação e a AfloMação entregaram já a primeira proposta no dia 26 de maio e acho que é um processo gradual, que eu recomendaria que fosse feito com alguma calma. É o vice-presidente da Câmara e também presidente da AfloMação, António Louro, que está com esse processo mas, daquilo que eram as minhas expetativas pessoais, está a decorrer muito de acordo com o que eu pensava. Isto significa que em alguns locais seria muito mais simples do que noutros e que não podíamos esperar que houvesse só palmas neste processo. Há muitas pessoas que discordam, que não acreditam, por variadíssimas razões e que temos que compreender. Não podemos é prejudicar uns em detrimento de outros só porque queremos fazer tudo ao mesmo tempo. É por isso que acho que este processo deverá ser feito de forma gradual, demorará um pouquinho mais de tempo do que estávamos à espera, sendo certo que também sabemos qual é a janela temporal que temos para o efeito e que é 2026.

 

E quanto ao cartaz da Feira Mostra para este ano, está satisfeito?

Sim, estou. Cada vez que fazemos um cartaz da Feira há sempre gente que não gosta, há gente que gosta, há gente crítica...

 

Mas este cartaz é bastante abrangente em termos de estilos musicais...

Ainda assim há quem não entenda. Mas não há nenhuma decisão que eu tome em que toda a gente esteja de acordo, diria que esta é mais uma entre as milhares que já tomei. A responsabilidade última é minha e quando escolhemos tentamos ser mesmo abrangentes. Foi esse o objetivo, dentro das limitações orçamentais que estes processos envolvem. No domingo à tarde temos o espetáculo para crianças, temos também o Athis... penso que há uma diversidade que, em princípio, deverá agradar.

 

A aposta continua a ser privilegiar as atividades económicas do concelho?

Sim, temos essa pretensão. Serão cerca de 80 stands, não contando com o stand da Câmara onde vão estar representados mais um conjunto de agentes económicos. Obviamente que tentamos privilegiar aquilo que é a nossa atividade económica, cultural, artesanal, social... no fundo, a Mostra de todo o concelho e da nossa realidade.

 

Já disse que as obras no Museu não vão estar prontas por altura da Feira Mostra, o que é que falta?

Faltam os últimos retoques interiores, questões de iluminação, dificuldade na aquisição de alguns materiais e depois, o apetrechamento do Museu em si. Já que estamos em cima da Feira, não vale a pena estarmos a fazer as coisas à pressa. Vamos aguardar até final do ano, com tranquilidade, para inaugurar mais aquele equipamento. Vamos também aproveitar para reformar os sanitários que estão junto ao Museu e o espaço de auto-caravanas. No fundo, dar uma nova dignidade àquele local.

 

Com o Cine-Teatro a funcionar, está completa a rede de infraestruturas culturais?

Não, ainda há coisas a fazer. Falo, nomeadamente, do Núcleo Museológico de Envendos, ligado à arte do presunto. Nós adquirimos uma antiga fábrica de presuntos em Envendos, foi feita uma análise estrutural ao edifício para percebermos se era passível de reabilitação como estava, para recriarmos o espaço mas não há essa capacidade. Ou seja, vamos mandar abaixo e reconstruir, dentro do possível, uma réplica do que existia. Por razões de segurança e também económicas, faz mais sentido reconstruir. É um processo que irá ter início ainda este ano e é um dos objetivos do mandato ter também este espaço reabilitado, bem como outras pequenas intervenções em termos patrimoniais/culturais como a recuperação da torre da Igreja Matriz de Cardigos, a igreja velha, que também é um local de interesse e que faz todo o sentido que a Câmara possa reabilitar. Pelo menos, estes dois locais vão ter intervenção, sem prejuízo de algo que possamos vir também a fazer em Carvoeiro, que ainda está em estudo.

 

E há financiamento para esses projetos?

A esta altura, não. Mas não será por isso que não se avance, nomeadamente com os Envendos, que é um compromisso que já vinha também do anterior presidente e que eu faço questão de concluir. Espero vir a conseguir.

 

A Câmara já chegou a alguma conclusão sobre o que se vai passar com os passadiços de Ortiga?

Adjudicámos a remoção de todo o material que lá está, foi feita uma candidatura no âmbito do Fundo de Emergência Municipal para as intempéries que aconteceram naquela altura do ano e foi feita uma vistoria pelas entidades competentes para analisarem a situação. Aguardamos o resultado dessa candidatura e depois vamos conversar, nomeadamente com as entidades licenciadoras para percebermos como é que vamos reconstruir os passadiços, com a aprendizagem daquilo que aconteceu especificamente naqueles dois ou três dias do mês de dezembro. Será, portanto, prematuro dizer o que vai ser feito e como vai ser feito.

 

Mas é certo que vão ser reconstruídos?

A minha intenção é que possam ser reconstruídos. Provavelmente com outra tipologia, de uma outra maneira, num outro local... mas é essa a intenção.

 

A nível empresarial, Mação ganhou novo fôlego com a instalação de empresas do ramo da cannabis. Em que ponto estão estas empresas e as zonas industriais?

Neste momento, temos a Zona Industrial de Mação praticamente lotada. Estamos a trabalhar na expansão da mesma, prevista no PDM que está em final de revisão, e temos também a Zona Industrial de Ortiga que está totalmente ocupada por uma das empresas da área da cannabis. Essa já está em processo de pré-laboração, de licenciamento, e já com alguns postos de trabalho. Penso que as coisas estão a correr dentro da normalidade. O outro investimento, mais perto de Mação, na Caldeirinha, também está praticamente na sua conclusão. A informação que tenho é que ainda durante o verão,estão em condições de começar a pedir os licenciamentos junto do INFARMED. É intenção da empresa, até final do ano, estar a laborar em pleno. Houve ainda uma outra empresa nesta área que tinha um projeto aprovado, junto à entrada de Mação, mas que não arrancou. Contudo, temos mais um contrato assinado com uma outra empresa que tem um terreno municipal reservado para o efeito, também junto à entrada de Mação. Diria que, neste momento, as coisas estão a correr de acordo com aquilo que eram as expetativas, sendo certo que este mercado da cannabis sofreu alguns contratempos, o que fez com que, provavelmente, alguns investimentos refreassem um bocadinho o ímpeto com que estavam. Isso foi público a nível nacional, com alguns projetos a caírem por terra, outros a reconfigurarem-se, mas eu tenho esperança que, pelo menos aqueles dois que já estão construídos, possam prosperar e atingir os seus objetivos.

 

Quanto à expansão da Zona Industrial, já começou a compra terrenos?

Sim, já temos grande parte dos terrenos comprados, praticamente até à Pista de Autocross. Se não estou em erro, faltam dois ou três terrenos. Mas também vamos entrar num processo de aquisição de mais terrenos na área para a A23, que é onde entendemos que faz sentido que possam vir a nascer alguns espaços aptos para a indústria. Estamos a tratar desses processos.

 

Mação pode beneficiar do Fundo de Transição Justa. Alguma perspetiva de projetos neste âmbito?

Até ao momento, não. Não houve nenhuma empresa que se tivesse candidatado para esse efeito. Penso eu que ainda haverá possibilidades de o virem a fazer mas, até ao momento, Mação não foi contemplado com esse Fundo. Mas não é por culpa de ninguém, é porque, efetivamente, não houve nenhuma candidatura por parte de alguma empresa.

 

Verão em Mação. A Bandeira Azul vai continuar hasteada no Carvoeiro mas este ano a Praia Fluvial de Ortiga também surge com outra cara. E já podemos, efetivamente, falar em Praia Fluvial na Ortiga?

Pois, esse é um processo interessante. Ainda há dias fui revisitar essa matéria. A Câmara, há mais de dois anos, que pediu o respetivo licenciamento - aquela questão de se é praia ou não é praia - com todos os documentos que nos foram pedidos e, até hoje, não temos resposta por parte das entidades competentes. Aliás, já contactei o vice-presidente da APA nesse sentido para perceber o que se está a passar. Relativamente à praia em si e às infraestruturas, está com um novo visual, com mais condições de segurança e acho que é um local que vale a pena visitar este ano. Acredito que tudo o que ali fizemos vem valorizar muito aquele local, que era um investimento que estava previsto. Este era uma candidatura una, um único projeto que incluía os passadiços e que aliava aquelas duas zonas. Foi esse o objetivo e acho que vamos conseguir que isso aconteça.

 

Mas há mais praias e piscinas no concelho...

Há praias, há piscinas, há miradouros, há ribeiras, há um conjunto de boas razões para se ir a Mação. Há festas nas nossas aldeias, praticamente todos os fins de semana e, portanto, estão reunidas todas as condições para ser um verão agradável em Mação. Esperemos que não haja contratempos, daqueles que às vezes há no nosso concelho. A diversidade que temos nas nossas três praias fluviais - Cardigos, Carvoeiro e Ortiga - muito diferentes entre si, com as piscinas descobertas requalificadas e um sem número de outros atrativos, fazem com que valha a pena ir a Mação este verão.

 

Tocou no tema dos incêndios e sabemos que a Proteção Civil está preocupada com as perspetivas para este verão. A nível municipal, o que se pode ter pronto, está pronto?

Nós achamos sempre que fizemos bem o nosso trabalho, portanto, nesse sentido, as coisas estão a ser preparadas na linha daquilo que aconteceu em anos anteriores. Pelo menos, naquilo que depende de nós, que esteja preparado para alguma ocorrência, mas... a história também nos diz que todas as grandes ocorrências que têm acontecido no nosso concelho, são fruto de incêndios que vêm de fora, descontrolados. São coisas que acontecem, sem culpar nada nem ninguém, mas são situações incontroláveis. Compete-nos tentar fazer o melhor possível, sabendo que alguma coisa de mal pode acontecer. Em muitos locais do concelho estão reunidas condições para haver problemas sérios, quer venham de fora ou incêndios nascentes no nosso concelho.

 

Estamos a falar de falta de limpeza?

Não, estamos a falar de desordenamento da floresta em muitas áreas do concelho e que estão “preparadas” para que ocorram situações graves. Temos todos que ter essa consciência. 2017 já foi há seis anos, algumas dessas áreas, eventualmente, já voltam a arder, e noutros locais que felizmente escaparam, quer a 2017, quer a 2019. Estão, portanto, reunidas condições para que as coisas corram mal. Vamos fazer tudo para que corra bem, vamos todos tentar fazer a nossa parte, principalmente os cidadãos que têm que ter essa noção.

 

Há algum contingente especial, digamos assim, preparado para os dias de Feira Mostra? Sabemos que no fim de semana da Feira acontece quase sempre uma dessas incidências...

Não, não há nada preparado em especial. Naturalmente que os bombeiros, também sabendo disso, têm uma vigilância diferente. Também as equipas de 1.ª intervenção da Câmara Municipal que estão espalhadas pelo concelho, estarão seguramente colocadas nos locais mais críticos. Reforçamos sempre a atenção mas não há dia nem hora marcada para as coisas más acontecerem.

 

Voltando ainda às praias... As concessões dos bares das praias não têm sido processos fáceis. Já foi encontrada uma solução?

Para a Ortiga sim, quer para a praia, quer para o Parque de Campismo. No início deste mês começará já com o concessionário da praia e do parque, que é o mesmo. Relativamente ao Carvoeiro, fizemos uma nova consulta a pessoas e empresas que nos tinham sinalizado a vontade de poderem vir a explorar aquele espaço e ainda é o processo que está em curso. Sinceramente, também não consigo perceber muito bem esta dificuldade quando, à vista de todos, têm boas condições e se percebe que os concessionários têm movimento. E numa praia com mais de 15 anos de bandeira azul... é difícil de entender. Já o bar da piscina foi concessionado, não houve problemas, e Cardigos também tem uma concessão em vigor.

 

A concessão de Parque de Campismo também começou com algumas dificuldades mas, pelos vistos, resolveu-se a questão...

Creio que houve uma incompreensão no 1.º concurso, depois houve um 2.º concurso e, à 3.ª tentativa, apareceu um empresário e depois em consórcio com outro empresário de Mação que decidiram arriscar e iniciaram a concessão neste mês de junho. O que espero é que estes cinco anos lhes corram bem e que possam atingir os seus objetivos e os objetivos da Câmara , de manter a qualidade que tem sido mantida e que tem sido apanágio ao longo destes anos, de manter a tradição de bem receber as pessoas que vão àquele Parque, muitas delas com muitos anos de permanência, e que as expetativas não saiam defraudadas. Também sabemos que a Câmara tem mecanismos para, em qualquer momento, poder resgatar a concessão se algo não estiver a ser cumprido de acordo com aquilo que está estipulado.

 

A questão do Castro de S. Miguel. Vila de Rei já entrou em contacto, qual é a posição da Câmara de Mação?

Fui contactado em maio pelo presidente da Câmara de Vila de Rei, dando nota de que o assunto tinha sido abordado a Assembleia Municipal, algo que eu já conhecia através de órgãos de comunicação social, como o vosso jornal e a vossa rádio. O presidente da Câmara de Vila de Rei explicou-me a situação, sem grandes pormenores, e disse-me que iria enviar uma carta para que a Câmara de Mação se pudesse pronunciar sobre o que tinha sido decidido. Recebi a carta hoje [dia 30 de maio], ainda não tive oportunidade de a ler mas o que transmiti ao meu colega foi que, depois de ler a carta, iríamos analisar em reunião de Câmara e, eventualmente, na Assembleia Municipal de junho, e que depois tomaríamos uma posição sobre o que for a intenção da Câmara de Vila de Rei.

 

E se a Assembleia de Vila de Rei decidir executar a falada sentença?

Esse é um direito constitucional que a Assembleia de Vila de Rei tem. Nós não temos que ter nenhuma reserva relativamente a isto. Eu até digo muitas vezes, por deformação profissional, que não é pelo facto de as pessoas irem para Tribunal que se têm que dar mal. Muitas vezes, os desentendimentos resultam em entendimentos em Tribunal e por alguma razão existe a justiça. Quanto a isso, estamos muito tranquilos. Eu, enquanto presidente de Câmara, tenho que ter esta posição formal, enquanto cidadão, posso achar inúmeras coisas relativamente a este assunto que, evidentemente, não direi. Mas é perfeitamente legítimo que, se os eleitos locais de Vila de Rei entendem que essa é a forma de resolver este assunto e que é adequado ir tentar resgatar uma sentença ou um acórdão, nem sei bem, de 1900 ou por aí, estão no seu direito e eu tenho que respeitar. Também não é por isso que deixo de ser mais ou menos amigo das pessoas de Vila de Rei e de as respeitar.

 

Já falou sobre este tema com o presidente da Junta de Freguesia de Amêndoa?

Não, não falámos sobre isso nem me parece que seja muito relevante esta questão. A Amêndoa é pertença do concelho de Mação e há-de ser durante mais uns anos porque mesmo que a sentença seja executada em Tribunal, demorará, provavelmente, alguns anos até haver uma decisão final. Mas também penso que a intenção não será essa, terá a ver com o Castro. A posição da Câmara de Mação é relativamente simples a respeito desta matéria: nós reconhecemos os limites que estão em vigor, sabemos bem onde está o Castro e sabemos bem onde estão os limites. Se houver essa compreensão, penso que será tudo simples mas, este é um processo com tantos anos... volta e meia vem à baila esta questão. Somos municípios com tantas carências, com tanta coisa importante para fazer e valorizar aquilo que é de todos, como eu acho que é o Castro. Além de que, é um monumento nacional e isso diz tudo acerca da relevância. Não é de um nem de outro, é do país, e é assim que está classificado.

 

Vão acontecer novas escavações arqueológicas no Balneário Romano de Vale de Junco. De que é que estamos a falar neste local?

São umas escavações que uma equipa do Museu de Mação está a fazer, que foram já efetuadas há muitos anos, com alguma relevância daquilo que já tinha sido descoberto. Há muito tempo que havia intenção por parte da Câmara de não deixar que aquilo que foi descoberto caísse no esquecimento e as escavações vão no sentido de tentar descobrir mais peças, mais artefactos, para percebermos melhor aquela construção que ali existe. Também há quem diga que não é um balneário, há ali várias versões sobre a matéria, e gostaríamos de valorizar aquele local que está relativamente próximo da Anta da Foz do Rio Frio. Perceber a riqueza daquela zona de Ortiga onde também está o Núcleo Museológico que tem uma exposição sobre o tema. No fundo, estamos a tentar recriar umas escavações que foram feitas nos anos 80 e tentar estabilizar tudo o que é possível, tendo em consideração a possibilidade que achamos que poderá ser interessante, se estas escavações chegarem a bom porto, no sentido de perceber se vale a pena intensificar mais as escavações. Mas isso é para os entendidos que depois nos dirão se vale a pena continuar este trabalho, que não é tão barato quanto isso, mas há vários cuidados a ter para estudar este período da história.

 

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