A Câmara Municipal de Abrantes apresentou esta segunda-feira, 23 de janeiro, a campanha de desenvolvimento económico ‘Abrantes INVEST', que assenta num conjunto diversificado de incentivos financeiros e fiscais para atrair mais empresas e mais investimento.
A campanha, que é dirigida tanto para as empresas que se venham a constituir e instalar como para as empresas residentes, apresenta preços de instalação no Tecnopolo do Vale do Tejo e nos parques industriais de Abrantes, Pego e Tramagal de 1,5 euros por metro quadrado.
O programa inclui também um valor de cinco euros por m2 para comércio e serviços no centro histórico de Abrantes, com isenção de IMI, IMT e de derrama, neste caso para microempresas e com volume de negócios não superior a 150 mil euros.
Estes valores foram considerados pela presidente da autarquia, Maria do Céu Albuquerque, como uma "missão" no sentido de "gerar valor" na economia.
"Depois da crise instalada desde 2008 para as empresas, é altura de reforçar a sua capacidade de trabalho no terreno", disse a autarca, referindo que os incentivos apresentados, "mais que fazer obra, representam uma missão, que é estar ao lado das empresas e dos empresários para criar mais riqueza na região e no país".
Maria do Céu Albuquerque adiantou ainda que “também no Município, a par do que já vem fazendo (…) pela disponibilização das melhores condições para a fixação de empresas, com a criação do Parque Tecnológico, com a criação, na própria Autarquia, dos mecanismos de Via Verde, para tornar mais rápida a resposta ao que são as necessidades das empresas, entendemos que devíamos ir mais longe”.
O programa, dirigido para as zonas industriais, parque tecnológico e centro histórico (comércio e reabilitação urbana), decorre da operacionalização do Plano Estratégico Abrantes@2020, e inclui ainda a atribuição de uma comparticipação financeira ao salário base mensal por um prazo máximo de dois anos por posto de trabalho apoiado.
Em declarações à Lusa, Ricardo Aparício, coordenador da campanha, disse que "haverá apoios financeiros à contratação" por parte das empresas, sendo que, "no primeiro ano, terão um máximo de 35% do salário base mensal de cada trabalhador contratado até ao limite mensal de 500 euros por posto de trabalho apoiado".
No ano seguinte, o apoio terá um máximo de 35% do salário base mensal de cada trabalhador contratado até ao limite mensal de 250 euros por posto de trabalho apoiado, sendo o apoio máximo a conceder por entidade beneficiária de 20 mil euros por ano económico.
No âmbito da mesma campanha, foi criado o Regulamento Projetos Empresariais de Interesse Municipal para apoiar a criação líquida de emprego no concelho de Abrantes.
Na sessão, e perante cerca de 100 empresários e potenciais investidores, o secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza, disse que "o crescimento é a chave para a resolução de todos os outros problemas que afetam a economia portuguesa", referindo o défice público, o défice externo e a dívida pública.
“Dele [crescimento] depende a capacidade de todos sermos capazes de enfrentar o nosso futuro (…) mas sem investimento não há crescimento”, afirmou Nelson de Souza, reforçando que “todos somos poucos para promover o investimento”.
Também presente na iniciativa, a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Ana Abrunhosa, destacou a "importância do papel das autarquias no apoio aos empresários e na criação de um ambiente propício ao investimento".
C/ Lusa