A ministra do Mar defendeu ontem uma aposta no transporte marítimo, nomeadamente através da navegabilidade do rio Tejo, apontando-a como uma formas de se alcançar o desenvolvimento sustentável do país.
“É extremamente importante. Não me estou a referir, por enquanto, à navegabilidade de todo o Tejo, referi-me à navegabilidade até a uma área periférica relativamente a Lisboa. É um passo importante para que se possa ter movimentação de carga no Porto de Lisboa sem que isso represente mais camiões na estrada”, disse Ana Paula Vitorino, na sessão de encerramento do congresso Mais Tejo, mais Futuro – Um compromisso nacional, que decorreu na Rocha Conde D´Óbidos.
A ministra explicou que o objetivo da navegabilidade do rio é diminuir os camiões e consequentemente a poluição e aumentar o contributo para evitar mais alterações climáticas.
“Em vez de termos um camião por contentor, podemos substituir por 60 contentores numa mesma barcaça que pode ser despejada numa plataforma logística já fora da área mais congestionada de Lisboa”, adiantou.
Sobre os riscos da navegabilidade em termos ambientais, um dos temas tratados no congresso, a ministra garantiu que, o seu Ministério e o do Ambiente “tudo têm feito para mitigar efeitos negativos sobre a sustentabilidade”.
“O que está em aberto é saber que modelo de sociedade nós queremos. Menos poluída, mais amiga do ambiente e do planeta, mas para que isso aconteça todos temos de estar envolvidos. Temos todos que contribuir para isso, para ter comportamentos menos intrusivos e menos danosos para o ambiente e para o território”, frisou.
No evento foi apresentado a Carta de Lisboa, um documento com propostas e sugestões para o futuro do rio Tejo e a sua sustentabilidade, que será divulgado no ‘site’ do congresso, à espera de contributos da sociedade civil.
Entre as propostas, destacam-se ações de empreendedorismo que favoreçam a sustentabilidade ambiental e das comunidades, atrair e criar empregos e produtos viáveis e a criação do prémio “Tejo sustentável”.
Sobre as propostas da Carta de Lisboa, Ana Paula Vitorino considerou serem uma boa iniciativa, realçando serem “um primeiro grande passo para o envolvimento de toda a sociedade na resolução de um problema que é de todos”.
Lusa