O Município de Sardoal inaugurou, no sábado, um Monumento de Homenagem aos Combatentes do concelho, no jardim da Tapada da Torre.
A comunidade sardoalense saiu à rua para assistir à cerimónia e foi perante vários convidados e representantes de entidades oficiais militares que o primeiro Monumento de Homenagem aos Combatentes do concelho foi inaugurado.
Miguel Borges, presidente de CM de Sardoal, afirmou que “foi com agrado e enorme emoção” que constatou a adesão da comunidade ao momento inaugural.
“Perceber que podemos contribuir e partilhar com os sardoalenses este momento é muito importante para nós”, afirmou, acrescentando que “é nossa obrigação valorizar aqueles que têm feito a nossa história, é nossa obrigação não deixar cair no esquecimento essa mesma história”.
Para o autarca, o novo Monumento de Homenagem aos Combatentes é também uma forma de “sensibilizar os nossos jovens para todo este passado, para este presente e para cuidarem do futuro”.
Presente na cerimónia, Joaquim Chito Rodrigues, presidente da Liga dos Combatentes, adiantou à Antena Livre que “desde o 25 de abril até há 13 anos a esta parte tinham-se erguidos 52 monumentos em homenagem aos combatentes que tinham feito a Guerra do Ultramar. Hoje, temos 310 monumentos espalhados pelo país em homenagem aos combatentes que fizeram a Guerra do Ultramar e 100 monumentos àqueles que caíram na Grande Guerra".
“Nós hoje somos uma Liga dos Combatentes pela paz. Em paz homenageamos aqueles que caíram por Portugal. E é isso que hoje se espalha pelo país inteiro, porque aquilo que acontece hoje no Sardoal, há uma dúzia de anos, acontece por Portugal inteiro”, salientou.
Sobre o Monumento de Homenagem aos Combatentes do concelho de Sardoal, o responsável avançou que a Liga ambiciona “que seja um monumento vivo (…) que venham aqui homenagear o passado, dar a garantia que no presente Portugal é um país com futuro”.
Miguel Borges, presidente da CM, ao lado de Joaquim Chito Rodrigues, presidente da Liga dos Combatentes
O Monumento em causa, concebido e construído pelos serviços da Autarquia sardoalense, reveste-se de especial significado para o Município.
Constituído por betão armado, “robusto e resistente, representa a solidez, a estabilidade e a firmeza de Portugal e das suas gentes, simboliza ainda a genuinidade e a diversidade da nossa cultura”. Por sua vez, a esfera armilar “símbolo dos Descobrimentos, representa toda a grandeza da nossa História, representa o globo, simboliza todos os campos de batalha, onde se bateram os nossos combatentes ao serviço da pátria”, explicou o autarca.
Já “a parede da frente, em tijolo, representa todos os combatentes que lutaram por Portugal, simbolizando a vertical os que regressaram após o cumprimento da sua missão, e a inclinada os que deram a sua vida. Os tijolos, como elementos basilares da construção, representam cada um dos combatentes que contribuíram para a construção do país que temos hoje. A sua cor vermelha natural simboliza ainda todo o sacrifício a que foram sujeitos os nossos homens e mulheres”.
“A base feita em pedra, um elemento resistente da natureza, representa a eternidade da memória, que está na génese deste monumento, a irregularidade do piso significa as adversidades encontradas”, finalizou o presidente.