O PSD de Abrantes apresentou este sábado mais seis candidatos às juntas de freguesia do concelho. Depois de já ter sido apresentada a candidatura de António Cartaxo à União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede, foram agora conhecidos mais seis candidatos sociais-democratas.
“É com grande orgulho que hoje podemos dizer, tal como temos vindo a afirmar nos últimos meses, que o PSD irá apresentar candidaturas independentes a todas as freguesias do Concelho”, segundo afirmou o presidente da Concelhia, Rui Santos.
“Essas candidaturas serão compostas por homens e mulheres, militantes e não militantes do PSD, pessoas que quiseram aderir ao nosso projeto e que querem Abrantes viva. Pessoas que são conhecedoras dos problemas e com dinamismo nas suas freguesias. Pessoas que são uma mais-valia a partir do dia 1 de outubro quando assumirem a presidência da sua Junta de Freguesia”, afirmou o dirigente.
Rui Santos avançou ainda que “há muito para fazer em todas estas freguesias. É preciso darmos as mãos e acreditarmos que é possível mudar. Acreditar é vencer”.
Depois de a Antena Livre ter já confirmado a candidatura de Álvaro Paulino, 52 anos, contabilista certificado, à União de Freguesias de Aldeia do Mato e Souto, o atual presidente reforçou que “a minha candidatura vem no seguimento de outra de há quatro anos” atrás “que teve resultados positivos e, depois de algum tempo de ponderação, decidi recentemente aceitar o convite do PSD. (…) Irei acompanhado do Executivo” com quem tem trabalhado e explica que “havia o pressuposto de ou nos recandidatávamos todos ou não ia ninguém”.
No que diz respeito aos outros candidatos, Maria do Carmo Milheiriço, 52 anos, gestora comercial, é a cabeça de lista do PSD para a União de Freguesias de Alvega e Concavada e começou por “agradecer o convite e o apoio que me tem sido dado pelo PSD”. A candidata anunciou “que venho-me candidatar porque acredito que há coisas que devem ser mudadas. Há nove anos que vivo na freguesia e penso que é preciso dar ouvidos à população, que é uma coisa que não está a acontecer. Eu disponho-me a estar presente diariamente, a ouvir as pessoas, a ir ter com elas e a saber o que se passa”. Maria do Carmo Milheiriço considera que tem “algumas capacidades para gerir aquela Junta de Freguesia”.
Marina Alagoa João, 30 anos, técnica de contas da EDP, é a candidata à Junta de Freguesia de Fontes e confessou que esta candidatura “era algo que já me passava pela cabeça há algum tempo”. “Venho-me candidatar à freguesia de Fontes porque temos uma freguesia envelhecida (…) e temos que nos ajudar uns aos outros e ouvir as pessoas. Temos ali uma freguesia cheia de potencial, quer turístico, económico ou de qualidade de vida”. A residir atualmente fora da freguesia “porque vim-me obrigada a ter que fazer escolhas”, Marina João confessa que “assim que puder, volto para lá a correr” pois “é de lá que eu sou e é lá que eu quero estar”.
Hélder Ramos, 51 anos, operador polivalente, é o candidato à Junta de Freguesia de Martinchel e não esconde que se candidata “para ganhar”. “Ajudar a freguesia como tenho ajudado a Associação já há 10 anos. Trabalho com toda a gente e todos os projetos que tenho feito são para levar para a frente”, afirmou o candidato que, acrescentou, “a Junta de Freguesia não está a corresponder à expetativa”.
José Rocha, 60 anos, funcionário aposentado da Caixa Geral de Depósitos, candidata-se à Junta de Freguesia de Mouriscas e denuncia que, em Abrantes, “há muita coação sobre as pessoas. Verifica-se que as pessoas não aceitam integrar uma lista do PSD, que é a oposição com mais força, porque têm interesse na Câmara, ou algum familiar, e depois vão sofrer coação. Isso é muito mau”.
“Candidato-me para ganhar”, afirmou. “Verifico que as Mouriscas há 20 anos que é CDU, não porque as pessoas sejam CDU mas porque os candidatos têm sido mais credíveis. Neste mandato a candidata não foi muito boa e nós continuamos a sofrer com o facto de a Câmara ser socialista. Há esta agressão em que nem uma única estrada é alcatroada nas Mouriscas nos últimos sete anos. Este ano vão ser alcatroadas porque é ano de eleições”, disse José Rocha.
O último candidato a ser apresentado foi Luís Marques, 43 anos, serralheiro civil e vai apresentar-se a votos à Junta de Freguesia de Tramagal. “Para mim é um desafio”, observou.
“Estou convencido que vou fazer uma grande obra no Tramagal, juntamente com o arquiteto Castelbranco. (…) Já dirigi várias associações e em todas elas acho que deixei um trabalho notório e visível para toda a gente”, afirmou Luís Marques que disse ainda querer “acordar o Tramagal porque o Tramagal está muito adormecido. É uma terra que está agarrada a uma Junta que vive só pelo poder. (…) Eu estou convencido que vai haver «história» no Tramagal e que vamos mudar isto”.
António CastelBranco, candidato social-democrata à Câmara Municipal de Abrantes, deu as boas vindas aos seis candidatos apresentados, a quem apelidou de “seis corajosos abrantinos” e a quem agradeceu “o empenho que já demonstraram múltiplas vezes”.
O candidato falou ainda dos pilares da democracia, principalmente “da alternância de poder”. António CastelBranco citou Winston Churchill e afirmou que “os políticos e as fraldas têm que ser mudados com frequência pelas mesmas razões”. E explicou, dizendo que pensa ser “fundamental que os políticos entendam o conceito de dois mandatos, cada mandato de quatro anos. Ponto!” Por isso, Castelbranco é da “opinião que a drª Maria do Céu Albuquerque, ao recandidatar-se a um terceiro mandato, não entende o conceito de democracia. É legal? É! Porém, não corresponde ao conceito de democracia e de alternância de poder. O que é legal não é necessariamente o que é correto”, afirmou o candidato.
Depois de já terem sido apresentados sete nomes que irão concorrer às Assembleias de Freguesia, o PSD avançou que os restantes serão apresentados no próximo dia 22 de abril.
Da esquerda para a direita: Álvaro Paulino, António Cartaxo, Maria do Carmo Milheiriço, José Rocha, Marina João, Helder Ramos e Luís Marques