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Mau tampo: Caudais do Tejo aumentam e Proteção Civil ativa o Plano de Cheias

13/12/2022 às 11:45
Foto Constância 13-12-2022

O mau tempo que se tem abatido sobre o país está a ter repercussões nos caudais do rio Tejo com o aumento dos caudais afluentes desta bacia hidrográfica.

De acordo com uma informação oficial avançada pela Proteção Civil Distrital das 11 horas desta terça-feira “a precipitação que se tem sentido em Portugal e também em Espanha, gerou um aumento considerável dos níveis hidrométricos e caudais do rio Tejo especialmente nos provenientes de Espanha.”

Nesta informação a Proteção Civil revela que os caudais lançados no Rio Tejo mantêm-se na ordem dos 3.000 m3/s em Almourol.

Ainda segundo a mesma nota, desde as 00:00 desta terça-feira, 13 de dezembro que os caudais estão acima dos 2.000 m3/s constituindo-se como fator de risco muito significativo no galgamento das margens do Rio Tejo, tendo-se “verificado hoje pelas 06:00 o maior caudal lançado pelo conjunto das barragens com influência no Rio Tejo com 2.000 m3/s.”

Assim, e de acordo com estes dados e consequências previstas, a Comissão Distrital de Proteção Civil decidiu ativar o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo no seu nível Amarelo.

Às 11 horas da manhã desta terça-feira os efeitos verificados são os seguintes:

Município de Constância

Submersão de parte do parque de estacionamento de Constância junto ao Rio Zêzere;

Município de Vila Nova da Barquinha

Submersão do cais de Tancos;

 

Previsão para as próximas horas:

Município de Santarém

Possível submersão da E.N. 365 em Ponte do Alviela;

Possível submersão da E.M. liga Ribeira de Santarém a Vale de Figueira;

Possível submersão da E.N. 365 em Palhais/Ribeira de Santarém;

Possível submersão do parque de estacionamento da Ribeira de Santarém;

Município de Santarém / Golegã

Possível submersão durante o dia de hoje da EN365 na ponte do Alviela.

 

Ainda de acordo com a Proteção Civil Distrital é expectável que nas próximas horas, uma manutenção dos caudais do rio Tejo, mantendo-se assim a elevada probabilidade de cheia. Para as zonas ribeirinhas a Proteção Civil deixa um conjunto de conselhos para as populações:

- Retire, das zonas confinantes, normalmente inundáveis, equipamentos agrícolas, industriais, viaturas e outros bens;

- Leve os animais para locais seguros, retirando os rebanhos que se encontram nas zonas que serão provavelmente inundáveis;

- Não atravessar com viaturas ou a pé estradas, ou zonas alagadas;

- Manter-se informado através dos Órgãos de Comunicação Social ou dos Agentes de

- Proteção Civil, desenvolvendo as ações necessárias para a sua proteção, da família e bens.

A Proteção Civil indica ainda que o Comando Distrital de Operações de Socorro de Santarém, em articulação com a Agência Portuguesa do Ambiente, IP, EDP produção, Serviços Municipais de Proteção Civil e Agentes de Proteção Civil, continuará a acompanhar a situação e emitirá outros comunicados que se entendam necessários.

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