O “Centro de Interpretação Templário – Almourol” é uma das apostas do Município de Vila Nova da Barquinha e deve ser inaugurado no próximo mês de outubro.
O novo espaço, que vai nascer no 1.º piso do Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, na antiga sala da Biblioteca Infantil, irá permitir criar o primeiro Centro de Interpretação Templário do país, através da criação de uma sala de exposição permanente, espaço de exposições temporárias e uma sala de projeção de filme sobre a temática dos templários.
Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal, afirma que este “é um projeto dinâmico que vai contar com exposições rotativas sempre sobre a história templária. Queremos fazer uma recriação das suas vivências, das suas técnicas e dos seus conhecimentos científicos que transmitiram ao mundo, como por exemplo a letra de cambio”.
O “Centro de Interpretação Templário – Almourol” vai permitir a afirmação da rota templária no território, através da criação de elementos físicos e expositivos que possibilitam ao visitante contactar com a história e lendas da temática presente em Vila Nova da Barquinha, indissociável do monumento nacional Castelo de Almourol.
Fernando Freire explicou que foram elaborados estudos do património imaterial templário e da idade média. Foto Pérsio Basso
“Para além das 10 mil obras dos templários, queremos ter patente documentos didáticos que deem a conhecer as suas memórias e os seus feitos”, salientou o autarca barquinhense, tendo feito notar que o novo espaço vai reunir “alguns marcos templários, a presença de algumas correias, de alguns cavalos, que foram encontradas em Almourol o vestuário dos templários, etc. Falamos de vestígios reais, e não apenas de uma exposição demonstrativa”, vincou.
Para a criação dos conteúdos do Centro de Interpretação, Fernando Freire explicou que foram elaborados estudos do património imaterial templário e da idade média, que contribuem para o aprofundamento do conhecimento sobre esta temática. Bem como para a realização de três exposições anuais, com conteúdos associados aos Templários e sua história.
Ao mesmo tempo, o novo espaço cultural vai possibilitar capitalizar o Castelo de Almourol como item de marca templária, acrescentando no território um local que permita ao visitante contatar com a história da Ordem, e contribuir para a permanência de visitantes no concelho, através da criação de fluxos entre o Castelo e a Vila, sobre a temática do turismo cultural e religioso. Com a criação de formatos multimédia interativos com vista à visitação e interpretação do património da Ordem do Templo.
“Este projeto estava em falta, num território templário. Com o Convento de Cristo e o Castelo de Almourol faltava este conceito de preservação da memória”, considerou o presidente, dando conta que o novo espaço será “único em Portugal e muito direcionado para uma visitação internacional”.
O projeto, que conta com um investimento de cerca de 152 mil euros comparticipado em 90% pela Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior, vai contar com uma exposição temporária e permanente, sendo as paredes adaptadas de forma a servir de suporte a elementos gráficos, como fotografias, ilustrações, infografia e textos. O mesmo espaço será dotado de vitrinas para exposição de peças.