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Constância: AM dá voto de confiança ao presidente da CM para diálogo sobre nova ponte sobre o Tejo

2/05/2018 às 00:00

Na sessão da Assembleia Municipal de Constância, reunida a 27 de abril, o deputado da CDU, Rui Ferreira, apresentou para discussão uma Moção intitulada “Nova ponte sobre o rio Tejo em Constância”.

“Tendo conhecimento que na passada semana a Assembleia da República votou uma Resolução sobre a necessidade urgente da construção de uma nova ponte no Concelho da Chamusca como parte integrante da A13, torna-se necessário a realização de diligências por parte do Executivo Municipal sobre o nível de prioridade da travessia localizada em Constância”, lê-se na Moção (ver notícia relacionada).

A CDU pretendia “apelar” ao presidente da Câmara para que este pressionasse o Governo nesse sentido.

Sérgio Oliveira respondeu e começou por dizer que “ninguém conte com o presidente da Câmara de Constância para andar numa guerra entre concelhos”. O presidente adiantou que “todos nós sabemos da necessidade de uma nova travessia sobre o rio tejo. Isso é um tema que é unanime para todos nós”. No entanto, avançou que “temos três concelhos, pelo menos, que reivindicam a ponte: Abrantes, Constância e Chamusca. Eu acho que este caminho da nova travessia do Tejo deve ser concertado entre estes Municípios, pela via do diálogo e sem nos andarmos a guerrear na comunicação social ou em público”.

O presidente informou ainda a Assembleia que já tinha entrado em contacto com os deputados socialistas eleitos pelo Círculo de Santarém, por considerar “haver condições políticas para sentar à mesma mesa os três presidentes de Câmara e tentar chegar a um acordo”. Sérgio Oliveira adiantou também já ter conversado com o presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado, que lhe transmitiu estar “solidário com a questão da ponte em Constância e que se o Governo Central decidir que a ponte deve ser feita em Constância, ele não se oporá a essa decisão”.

Sérgio Oliveira pediu então à Assembleia “que me desse um voto de confiança, que me deixasse iniciar este processo de diálogo entre os meus colegas presidentes de Câmara, com o compromisso de o iniciar e de, na próxima Assembleia, em junho, dar conta das diligências que fiz”. O autarca enumerou depois as razões do concelho de Constância para acolher a infraestrutura lembrando que “nós temos a ponte pior, temos o concelho dividido pelo rio e temos a freguesia de Santa Margarida da Coutada, em parte, a definhar pela razão da ponte que temos e que leva a que as pessoas não se queiram lá fixar e, para além disso, entre Abrantes e Chamusca somos os concelho que está no centro e, por último, todos nós sabemos que o Eco-Parque do Relvão está mais próximo do concelho de Constância do que está do concelho da Chamusca”.

O deputado António Mendes (CDU) pediu a palavra para se mostrar “totalmente de acordo com o que foi dito” e demonstrou ter “muita dificuldade em perceber (…) o porquê e agora os senhores deputados aprovarem esta resolução. Provavelmente, alguns sem conhecer o histórico aqui da região no que concerne à necessidade de construção de novas pontes”.

Rui Ferreira (CDU) adiantou que a Moção poderia servir para reforçar a posição que a Assembleia tomasse e dava peso às posições da Câmara Municipal. “Isto é um volte face de 180º nas posições até agora assumidas”, referiu o deputado, assumindo que “se ficarmos à espera, será pior”.

Já a deputada socialista Isabel Costa apelou a que se desse o voto de confiança ao presidente da Câmara e que a Moção fosse retirada.

A bancada da CDU aceitou, a Moção foi retirada “até junho”.

 

Notícia relacionada: http://www.antenalivre.pt/noticias/parlamento-recomenda-ao-governo-nova-ponte-sobre-o-tejo-chamusca-golega/

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