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Especial Mação: Fontanários - Os testemunhos da história e do tempo

29/06/2018 às 00:00

O Concelho de Mação tem centenas de fontes. São peças importantes do património histórico, cultural e social, que ocuparam no passado um papel primordial na vida das populações. Neste sentido, a Câmara Municipal tem vindo a desenvolver um projeto de recuperação das fontes e fontanários do Concelho.

António Louro, vice-presidente da Câmara, avançou ao JA “que mais de meia centena de fontanários já foram recuperados pelo concelho. Temos 122 aldeias, há muitas localidades com 2 e 3 fontanários e no global devem ser cerca de 300”.

Para justificar esta ação da Câmara Municipal, António Louro lembrou que “os fontanários são um ponto que as populações valorizam bastante. É um local de encontro das pessoas da aldeia, que tem sempre muitas histórias e memórias e é o primeiro marco das autarquias no território”.

“Ao longo dos anos, estes espaços foram deixando de ter a sua função inicial, onde eram um ponto de abastecimento de água”. Hoje em dia, “passaram a ser um sítio de memórias, mas não deixaram de ser um ponto importante a preservar porque têm esse aspeto cultural para as populações”, salientou o vice-presidente.

No Concelho de Mação ainda existe alguma tradição de ir buscar água à fonte. São exemplo disso várias fontes como a da Ladeira de Envendos, a Mina do Ti Guilherme (Parque de Merendas do Brejo), fonte do Pereiro, fonte entre Chão de Codes e Chão de Lopes, fonte em Queixoperra, fonte em Penhascoso, fonte à entrada de Cardigos, fonte de Monte Penedo, fonte de Chaveira, etc.

Atualmente, a esmagadora maioria das fontes encontra-se ligada ao sistema de abastecimento público de água. No entanto, especialmente fora dos aglomerados urbanos, existem fontes ainda abastecidas pelas nascentes e minas, sendo que algumas delas, dadas as características das suas águas, são fortemente procuradas pelas populações.

António Louro conta que “muitas das fontes são construções arquitetónicas interessantes “e, portanto, o Município tem procedido ao abastecimento dos equipamentos que já não tem água, como também à “pintura e restauro das infraestruturas em si”. Outras fontes levaram mesmo “um pequeno enriquecimento com alguns detalhes novos”.

“São intervenções que temos vindo a fazer paulatinamente e que ainda vão levar algum tempo a terminar. É muito enriquecedor para nós, porque sentimos a valorização que as pessoas dão a estas pequenas intervenções”, reforçou o autarca maçaense.

António Louro avançou ainda ao JA que o Município está a proceder à recuperação de alguns fornos comunitários. Uma recuperação já aconteceu em Amêndoa e uma outra em São José das Matas e que esta também “é outra forma de dignificar o espaço público”.

 

 

 

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