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Sardoal: Heliporto foi cenário de exercício da Proteção Civil (c/fotos)

18/03/2024 às 15:19

O cenário fictício foi montado na manhã de 13 de março e integrado no mês da Proteção Civil com mais de uma centena de atividades nos 11 concelhos do território do comando sub-regional do Médio Tejo.
Este exercício contou com vários observadores, foto cronometrado para avaliação das equipas após ter terminado.

A explicação do cenário é muito simples. Chega a informação à central dos Bombeiros Municipais de Sardoal que o helicóptero, que ali tem a sua base todo o ano, tinha uma avaria, com derrame de combustível e com seis pessoas a bordo, duas das quais com ferimentos.

Com este cenário, o helicóptero foi substituído por uma viatura terrestre, mas a função foi a mesma. Assim que entrou no heliporto teve a equipa de apoio ao mesmo a entrar em cena para estancar o derrame, através da espuma, evitar qualquer possibilidade de combustão no aparelho e permitir a entrada dos socorristas.

E naquilo que foram os meios acionados, esta equipa percebeu o estado os passageiros, retirou do veículo os ilesos e aguardou a chegada das equipas de socorristas para retirar os feridos, fazer a triagem no terreno antes de os “enviar” para o Hospital.

Todos os passos foram explicados pelo coordenador da Proteção Civil de Sardoal e comandante dos Bombeiros locais, Nuno Morgado. O exercício aconteceu em ambiente do Quartel dos Bombeiros, mas se o mesmo fosse uma realidade, toda a zona e acessos tinham sido interditados pela GNR para a movimentação e trabalho dos meios de socorro.

No final do exercício que durou menos de 40 minutos as várias equipas fizeram a análise e apontaram alguns passos que podem melhorar o desempenho dos profissionais.

Jorge Gaspar, vice-presidente da Câmara de Sardoal e militar na reserva, destacou perante todos a necessidade de treino, treino intenso para, no caso de necessidade, as ações poderem ser aplicadas com a maior naturalidade.

Aliás, os exercícios, pretendem isto mesmo, reforçar competências das equipas, mas sempre com a esperança que não seja necessário utilizá-las em cenário real.

O próprio piloto do helicóptero assistiu em terra ao exercício o que permitiu também registar o apoio que tem em terra no caso de ser necessária uma aterragem de emergência.

Nuno Morgado, destacou a importância de registar os tempos de resposta de todas as equipas. “Primeiro que tudo, há sempre algo a melhorar. Mas olhamos para, em primeiro, procedimentos. Ou seja, perceber se foram feitos, se foram bem-feitos ou se há aspetos a melhorar. E também os tempos de resposta. Este tipo de equipamentos (meios aéreos) são constituídos por materiais específicos com uma inflamabilidade muito elevada. Ou seja, havendo um incêndio, rapidamente ficam tomados pelo fogo. Não era o cenário, havia apenas derrame de combustível. Se a situação não for logo debelada põe em causa a segurança de todos os ocupantes.”

Nuno Morgado

David Lobato, comandante sub-regional do Médio Tejo da Proteção Civil, acompanhou o exercício e referiu que ao longo do mês existem muitas ações. É também para a Proteção Civil sub-regional um treino já que, por exemplo, naquela manhã em simultâneo decorria um outro exercício de um incêndio numa escola no Entroncamento.

Quase no meio do mês David Lobato vincou que todas as ações estão a ser bem sucedidas e permite o envolvimento de todos os agentes da Proteção Civil para que seja cada vez, mas resiliente.

No dia em que a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) apresentou a nova campanha de prevenção de incêndios “Portugal Chama 2024/2026”, David Lobato confirmou que este trabalho tem surtido efeito e há cada vez mais preocupações da população. E os dados apontam para uma diminuição de incêndios rurais causados pelas queimas ou queimadas.

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