Duas frentes de fogo mantêm-se ativas em Abrantes, no incêndio que deflagrou na tarde de quarta-feira em Aldeia do Mato, estando já oito meios aéreos a apoiar o trabalho dos mais de 500 bombeiros no terreno.
“O vento que se faz sentir é muito forte, não há humidade e as temperaturas continuam a subir”, afirmou Maria do Céu, a presidente da Câmara Municipal de Abrantes, falando das principais dificuldades no combate. A autarca confirmou à Antena Livre que havia uma frente a arder com mais intensidade no estradão junto a Paul (UF Abrantes e Alferrarede) e, há instantes, o fogo ameaçava as povoações de Carreira do Mato (UF Aldeia do Mato e Souto) e Pucariça (Rio de Moinhos). A presidente disse que, "das cinco frentes ativas ao início da madrugada, três estão em fase de resolução/consolidação, sendo que duas se mantêm muito ativas e a oferecer algum perigo”.
Maria do Céu Albuquerque atestou que já foram consumidos pelas chamas “alguns anexos e casas devolutas, mais concretamente em Carreira do Mato”.
Quanto à evacuação de aldeias, a presidente confirmou há poucos minutos estarem a considerar “juntar as populações de Braçal e Pucariça no Largo da Igreja” para uma eventual retirada, por precaução.
Relativamente aos meios, Maria do Céu Albuquerque afirmou serem “muitos os meios no terreno”.
Cerca das 12:30, combatiam este incêndio 573 operacionais com 172 viaturas e 8 meios aéreos.
Para facilitar a movimentação dos meios no teatro de operações, continuam cortadas ao trânsito várias vias, nomeadamente a Estrada Nacional (EN) 547-1 - Paúl/Senhora da Luz, a EN 358 Aldeia do Mato/Carvalhal, a Estrada Municipal (EM) 546 Carvalhal/Zona Industrial (ZI) de Abrantes, e a EM 544, que liga Aldeia do Mato e Abrançalha.