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Situação muito crítica a que se vive no concelho de Vila de Rei. Ao início da madrugada desta segunda-feira o vice-presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, Paulo César Luís, confirmava o pior dos cenários. “Muitas casas de primeira habitação consumidas pelas chamas, muita gente desalojada, mais de 100 pessoas evacuadas”.
Nas palavras de Paulo César Luís, “é o fim do mundo”.
As chamas, que avançaram de forma descontrolada, levaram a uma situação extremamente instável e fora de controlo, como afirmou o vice-presidente, ao final da noite deste domingo.
“A situação está extremamente instável e fora de controlo”, confirmou há instantes Paulo César Luís, vice-presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, que avançou que “há muitas aldeias a ser evacuadas”.
Paulo César Luís também afirmou à Antena Livre “que há muitas aldeias em que ardeu todo o seu perímetro, salvaram-se as casas”. No entanto, o autarca avançou que “sei que arderam casas”, sem, para já conseguir quantificar o número de habitações consumidas pelas chamas.
“Tenho o Concelho em estado de guerra. Inacreditável! Faz-nos reviver o que foi 2003”, desabafou o autarca.
Este incêndio estava, ao início da madrugada, a mobilizar 346 operacionais e 104 viaturas.
O Plano Municipal de Emergência foi ativado às 19:30.
Devido à progressão do incêndio que chegou na tarde de domingo ao concelho de Vila de Rei, tomaram-se medidas de precaução no norte do concelho de Abrantes, que está separado do concelho de Vila de Rei apenas por um braço da albufeira do Castelo de Bode.
Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes confirmou esta noite ter havido uma projeção em Água das Casas mas que foi prontamente apagada. Quanto a pessoas retiradas, “neste momento já retirámos 21 pessoas das aldeias de Água das Casas e Vale de Açor (freguesia de Fontes) e Matagosa e Matagosinha (freguesia de Carvalhal)”.
As pessoas das aldeias da freguesia de Fontes foram encaminhadas para a Associação da Portela e as de Carvalhal para “a zona da antiga igreja”.
Devido à proximidade das chamas que “está a bater na água do outro lado do rio”, como nos disse Sónia Alagoa, presidente da Junta de Freguesia de Fontes, Maria do Céu Albuquerque afirmou que a situação continua perigosa mas “nós temos bombeiros distribuídos por toda a linha do lado do concelho de Abrantes no sentido de antevermos, de prevermos e de podermos atuar logo que haja projeções”.
Segundo a Proteção Civil, estão a postos no norte do concelho de Abrantes 85 bombeiros e 29 viaturas de combate a incêndios.
