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Incêndios: Movimento Fénix em vigília na estrada 236-1 para dar voz ao desalento das vítimas

20/10/2017 às 00:00
Mação foi dos concelhos mais afetados pelos incêndios

O Movimento Fénix realiza, no sábado, uma vigília na Estrada Nacional 236-1, onde morreram 47 pessoas no incêndio de Pedrógão Grande, com o objetivo de dar voz ao desalento dos que foram afectados pelos incêndios deste ano.

Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, este movimento cívico explica que são apenas um grupo de cidadãos preocupados como o património natural que querem ver defendido e assegurado, porque dele depende a sustentabilidade das comunidades que nele habitam.

"O nosso desejo é de que as inúmeras teorias já apresentadas e discutidas resultem num pacto nacional que envolva todas as entidades responsáveis, tenham elas as siglas que tiverem, que surtam efeitos imediatos, mas ainda mais importante, que sejam promotoras de resultados a muito longo prazo", lê-se na nota.

A vigília está aberta a todos os que se queiram associar, em particular às gentes do Pinhal Interior (Proença-a-Nova, Sertã, Oleiros, Vila de Rei, Mação, Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera), território fustigado nos incêndios do verão de 2017.

A iniciativa "Basta! Por um Futuro Sustentável!" está agendada para sábado, às 18:00, na estrada nacional 236-1, onde morreram 47 pessoas na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande.

A vigília realizada em parceria com a Associação das Vítimas dos Incêndios de Pedrógão Grande decorre ao mesmo tempo das inúmeras manifestações já agendadas um pouco por todo o país, a fim de dar voz ao desalento dos que se viram afetados pelos incêndios deste ano.

"Para que a memória dos que perderam a vida, num total de 105 vítimas até ao momento, seja homenageada, pede-se aos manifestantes que trajem de luto e transportem cada um a sua vela", apela o movimento.

O Centro Ciência Viva da Floresta de Proença-a-Nova, criado na sequência de incêndios de grande dimensão ocorridos anteriormente na região do Pinhal Interior Sul, irá também distribuir pinheiros mansos durante a vigília, como símbolo de vida e esperança.

"Não somos especialistas, nem pretendemos ser. Somos apenas cidadãos preocupados com o nosso património natural, que o queremos ver defendido e assegurado porque dele depende a sustentabilidade de inúmeros ecossistemas mas, sobretudo, a sustentabilidade das comunidades que neles habitam", concluem.

Segundo a página de Facebook do movimento estão, além desta vigília, confirmadas outras, a decorrer à mesma hora, em Lisboa (Assembleia da República), Valongo (Câmara Municipal), Covilhã (Câmara Municipal), Fundão (Praça do Município), Figueira de Castelo Rodrigo (Câmara Municipal), Guarda (Praça Luís de Camões), Águeda (Praça do Município) e Vila Nova de Famalicão (Câmara Municipal).

Lusa

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