O cenário é dramático na freguesia de Belver, concelho de Gavião, aldeias evacuadas e várias frentes de fogo, como avançou à Antena Livre o vice-presidente da Câmara, António Severino.
“ Em Belver o incêndio já passou para a outra margem do rio Tejo. Evacuámos a população de Torre Fundeira e Torre Cimeira e a praia fluvial de Alamal”, afirmou o autarca.
“Tratou-se de um reacendimento muito forte em Belver que provocou toda esta situação. Muito poucos meios no local e a situação é dramática”, salientou.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Gavião, José Pio, explicou que os moradores de Torre Cimeira e Torre Fundeira “foram retirados” das aldeias e encaminhados para as instalações do lar de idosos de Belver e para a Santa Casa da Misericórdia de Gavião.
“O reacendimento ocorreu sensivelmente pelas 15:45. Com a força que o incêndio traz e com direcionamento que o vento tem a vila de Belver também não está completamente segura”, disse.
Contactada pela Lusa, a presidente da Junta de Freguesia de Belver, Martina de Jesus, relatou que as aldeias de Torres Fundeira e Torre Cimeira “ficaram cercadas” pelas chamas.
“O fogo já anda dentro das aldeias e levantou-se um vento fortíssimo. Pedimos ajuda para evacuar estas aldeias, mas não se vê aqui nada tal é o fumo que anda aqui dentro, isto é dramático”, disse.
António Severino, vice-presidente do município, disse, por sua vez à Lusa, que “a força do vento é tal que começámos a evacuar a praia fluvial do Alamal, que fica do outro lado do rio Tejo, com receio das projeções”.
Nesta altura [cerca das 16:00] a praia fluvial do Alamal, ainda na freguesia de Belver, “está cheia de gente e a própria pousada que ali está situada tem a lotação esgotada”.
“Estamos a mandar as pessoas sair imediatamente dali e dirigirem-se para o centro da vila de Gavião”, relatou.
Segundo a página na Internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o combate às chamas mobilizava, às 16:25, um total de 227 operacionais, apoiados por 77 viaturas
C/Lusa