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Mação: Feira Mostra representa “uma nova etapa e um novo rumo” para o Concelho

30/06/2018 às 00:00

A 25ª Feira Mostra de Mação foi ontem inaugurada ao final da tarde com a presença de Carlos Miguel, secretário de Estado das Autarquias Locais, que ficou a conhecer os diversos agentes económicos do concelho.

Após uma passagem pelos 85 stands em exposição até este domingo, onde empresas e entidades do Concelho se dão a conhecer, passou-se ao discurso e Vasco Estrela, presidente da Câmara Municipal, aproveitou a oportunidade para falar de “uma nova etapa”.

“Esta Feira Mostra que hoje inauguramos pretende ser um espaço que demonstra o que é que o concelho de Mação é capaz. Que esta Feira seja um espaço de vitalidade e que hoje possamos marcar um renovar da ambição para este concelho, mas também um virar de página”, começou por dizer o presidente.

Vasco Estrela recordou os incêndios do verão passado e os momentos difíceis que se viveram. “Passámos um ano extremamente complicado a vários níveis, fruto daquilo que nos aconteceu no verão passado. Muito foi dito e escrito. Muito eu disse e escrevi sobre esta matéria, mas acho que chegou a altura de tentarmos trabalhar para um futuro diferente. Sem esquecer aquilo que há para resolver, aquilo que há para esclarecer. Sem que eu possa ser acusado de não cumprir com a minha palavra no sentido de se fazer justiça a este concelho”, salientou o autarca, dando conta que a data de ontem marcava “uma nova etapa e um novo rumo para o Concelho”.

Carlos Miguel e Vasco Estrela

Vasco Estrela vincou que o concelho de Mação precisa de pessoas “com vontade de fazer coisas e gente com vontade de dar a volta a esta situação”. E, portanto, o apelo que faço é que o concelho de Mação possa cada vez mais se unir em prol do nosso futuro”, aludiu. 

“É importante que todos nós tenhamos como objetivo o desenvolvimento desta terra, em prol de um futuro melhor para todos nós. Obviamente, que isso se faz com o esforço da Câmara Municipal de Mação, mas muito com o esforço dos empresários, agentes económicos, associações, IPSS`s do Concelho e dos maçaenses que estão aqui a viver diariamente, como aqueles que estão espalhos pela Europa, o mundo e Portugal”, considerou o responsável.

Dirigindo-se a todos maçaenses presentes, Vasco Estrela salientou que Mação é um “concelho enorme, enorme nas pessoas, na generosidade e na boa vontade, mas tem de ser cada vez mais um concelho enorme na vontade de fazer coisas, de criar e inovar”.

Por sua vez o secretário de Estado das Autarquias Locais no seu discurso começou por se dirigir a Vasco Estrela reconhecendo que as “lutas, perante a adversidade que por aqui passou de uma forma gravosa, são lutas justas e legitimas”. E assumiu publicamente que o autarca de Mação poderia contar com o seu apoio “na procura do caminho da justiça para as pessoas e para este território”.

De seguida, Carlos Miguel destacou o papel das Autarquias, afirmando que “o trabalho deste evento [da Feira Mostra] representa o que é uma Autarquia deste século, o que é uma Autarquia em 2018”.

“Muitos de nós nos esquecemos que nos últimos 40 anos de vida dos nossos territórios foram e são as Autarquias que nos resolveram o problema (…) Foram os autarcas sem escola, nem lições, nem faculdades que sempre souberam entender as necessidades das pessoas, procurando respostas para elas”, fez notar o governante, reforçando a preocupação do Município de Mação “em cuidar das suas empresas e do melhor que se faz”.

No final da cerimónia, Carlos Miguel foi questionado pela Antena Livre acerca dos apoios atribuídos a 60% a Mação, devido aos incêndios de 2017, comparativamente aos apoios a 100% atribuídos a outros Municípios onde morreram pessoas vítimas dos fogos. O governante explicou que “o Fundo de Emergência Municipal está definido na lei e é de 60% e, portanto, entendeu-se que esta região e os concelhos limítrofes beneficiam deste apoio, onde já foram apresentadas candidaturas”.

Referiu o secretário de Estado que para o Governo o incêndio de Mação foi considerado um “incêndio normal”.  Quanto às outras regiões do país onde morreram pessoas vítimas dos fogos de 2017, entendeu o Governo que nessas zonas “aconteceram incêndios excecionais e logo teriam um tratamento excecional e que já não é respondido através do Orçamento de Estado, mas é correspondido pelo Fundo Europeu. Esse [apoio] tem regras próprias, uma percentagem a 100%, mas também tem uma elegibilidade diferente”.

“No que toca a este território, as candidaturas estão apresentadas e serão apreciadas muito em breve (…)  E com certeza que iremos encontrar fórmulas de que este território e estas pessoas encontrem melhores respostas para as suas necessidades e para encarar o futuro”, finalizou.

Público presente

Questionado pela Antena Livre se era esta a resposta que esperava ouvir, Vasco Estrela disse que “não” e que as reivindicações se iriam manter.

“Não vou dizer que as coisas são justas, quando são injustas. O Governo decidiu quanto a nós mal e de forma errada, mas estas são as regras do jogo vamos ver se as conseguimos alterar”, vincou o presidente.

Recorde-se que Mação apenas receberá ajudas a 60% no que toca aos prejuízos de domínio público/infraestruturas resultantes dos incêndios de 2017, contabilizados em cerca de três milhões de euros, enquanto os municípios afetados pelos incêndios de Pedrógão Grande (junho) e de outubro – que provocaram dezenas de mortos – receberão ajudas a 100%.

Durante a cerimónia três empresas do concelho foram distinguidas com o estatuto PME Excelência, foram elas: Industrias Vip, unipessoal lda Distrimação – Supermercados Lda e a empresa Construmação – Construção e Terraplanagens, unipessoal lda.

Disntinção com o estatuto PME Excelência

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