Na reunião do Executivo da Câmara de Mação, realizada a 28 de fevereiro, o presidente Vasco Estrela deu conta de uma decisão unilateral por parte da Rodoviária do Tejo. A empresa decidiu suspender a carreira pública para a Estação de Ortiga. Vasco Estrela considera esta posição de “inqualificável”.
“Foi uma decisão tomada pela Rodoviária do Tejo sem avisar a Câmara Municipal, e suponho que ninguém”. Pelo menos, “a carreira que fazia o transporte para o comboio da manhã”.
“Soube desta situação por acaso, à conversa com uma pessoa, e depois confirmada pela Rodoviária do Tejo. Acho inqualificável esta postura porque ainda há 15 dias a Câmara aprovou um parecer desfavorável a esta decisão”, explicou o autarca.
Vasco Estrela adiantou que “a Rodoviária do Tejo tinha contactado a entidade gestora dos transportes públicos do nosso concelho, que é a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, para suspender esta carreira. A Câmara manifestou a sua discordância relativamente a este assunto, comunicou essa mesma discordância e, sem aviso prévio, de uma forma unilateral, com total desrespeito para com a Câmara Municipal de Mação, para com os munícipes deste concelho e para com a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, a Rodoviária do Tejo tomou esta decisão”.
“Não poderei, de modo nenhum, aceitar esta posição feita para com uma Autarquia que tem sido colaborante durante muitos e muitos anos, sob vários pontos de vista, com esta empresa”, proferiu o presidente.
Vasco Estrela informou que a Autarquia “não tem culpa que a empresa tenha muito ou pouco movimento neste local, comparativamente com outro e que tenha que reduzir custos. Quando assumiram a concessão desta região e daquilo que estava no caderno de encargos, sabiam bem com aquilo que contavam. Portanto, vir agora, a um ano e pouco do fim da concessão, tomar esta atitude, é revelador de um enorme desrespeito institucional que nós não podemos nem devemos, de maneira nenhuma, tolerar”.
Quanto ao que pretende fazer, o presidente informou que “há que tomar as devidas providências no sentido de, pelo menos, fazer uma reclamação ao Instituto de Mobilidade e Transportes a dar conta da postura e da forma como a empresa está a agir”.
“É lamentável, sob todos os pontos de vista, este tratamento que foi dispensado ao concelho de Mação. Vamos aguardar o desenrolar… não sei se haverá alguma reversão ou não por parte da empresa mas, obviamente, que as relações ficam muito inquinadas quando se tem este tipo de postura”, assegurou Vasco Estrela.