Os 13 autarcas da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo pediram uma “reunião com carater de urgência” ao Presidente da República, ao Primeiro-Ministro e ao Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, sobre aeródromo de Tancos, no concelho de Vila Nova da Barquinha.
Em nota de imprensa, a CIM do Médio Tejo toma uma posição quanto àquela estrutura militar e refere que o “aeródromo de Tancos é um elemento essencial para a coesão do território do Médio Tejo, Beiras e alto Alentejo”.
Na mesma nota, a CIM do Médio Tejo refere “as infraestruturas em Tancos estão a perder a sua capacidade e operacionalidade” e que “as suas pistas, a maior com 2440 metros de comprimento, necessitam, urgentemente, de obras de conservação e manutenção”.
Numa posição conjunta, os autarcas do Médio Tejo dizem querer “uma definição política clara e objetiva para esta infraestrutura aeronáutica essencial para a região e para o interior”. Como também pretendem que ter novamente “a Força Aérea em Tancos até pela sua centralidade e para uso para dos meios da Proteção Civil”.
Entre os vários argumentos apresentados, os autarcas do Médio Tejo referem que “existem grupos privados interessados na exploração [aeródromo de Tancos]; Há um suporte de rede de autoestradas e itinerários principais na região, A13 e A23; Há uma estação de caminhos-de-ferro (Almourol-Tancos) e há o nó ferroviário central do pais, no Entroncamento; Há uma plataforma logística na região (Riachos-Torres Novas-Entroncamento) e há um tecido empresarial com penetração no mercado internacional, de que são exemplo a indústria automóvel, os curtumes, os têxteis, a exploração florestal, a madeira, o mobiliário e o papel”.
Por último, na nota de imprensa a CIM do Médio Tejo salienta que “a abertura de um aeroporto civil-militar em Tancos permitiria alavancar a dinâmica económica de toda região e aproveitaria, também, o potencial turístico dos milhões de passageiros que se dirigem a Fátima”.
Sobre este assunto e em declarações à Antena Livre, Fernando Freire, presidente da Câmara Municipal de VN da Barquinha, explicou que “há vários cenários em cima da mesa, como por exemplo a coexistência entre um aeroporto civil e militar. Civil porque com a requalificação da pista e das infraestruturas adjacentes existe a possibilidade de se abrir o tráfego civil, com a questão low cost para Fátima, que tem um fluxo de turistas muito significativo”.
“Face a esta possibilidade, de haver ali a coexistência da parte militar com a parte civil, já surgiram empresas privadas que me contactaram no sentido de abordar esta temática junto do poder político, o que já fiz. Neste momento, a pressão que deve existir é para que se possa requalificar Tancos no sentido de conservar as infraestruturas que estão lá. Se optarmos por este caminho estamos a ir no caminho certo”, fez notar o autarca barquinhense.