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Sardoal: Município preparado para acolher, para já, até 16 refugiados ucranianos

10/03/2022 às 15:13

A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) vai enviar quatro autocarros à Polónia para o transporte de refugiados ucranianos para Portugal, o primeiro dos quais partirá esta sexta-feira à noite.

A informação foi dada por Miguel Borges esta quarta-feira, na reunião do Executivo Municipal de Sardoal. “A Comunidade Intermunicipal está em articulação com o Governo e o Alto Comissariado para os Refugiados. Estamos a preparar uma operação para ir buscar cerca de 250 pessoas à Ucrânia, para os recebermos nos 13 municípios da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo”, anunciou o presidente da Câmara.

Relativamente ao que está a ser preparado no concelho de Sardoal, o autarca explicou que o Município está pronto a receber entre 15 a 16 pessoas, com a disponibilidade de duas casa, com quatro quartos cada. Saúde, alimentação e ocupação profissional, se o assim entenderem, também estão assegurados aos refugiados.

Miguel Borges contou que, logo no segundo dia do conflito, entrou em contacto com o Alto Comissariado para as Migrações, “disponibilizando as nossas casas de função para podermos receber refugiados da guerra. Entretanto, também do Centro Distrital de Santarém da Segurança Social recebemos um contacto e informámos do que podemos disponibilizar, para já. São duas habitações, cada uma com quatro quartos e, dependendo da tipologia das famílias, podemos ir até 15 ou 16 pessoas que serão maioritariamente senhoras e crianças”.

No imediato, é esta a oferta disponível mas “não quer dizer que, se houver mais necessidade, não possamos arranjar outras alternativas”.

O presidente da Câmara de Sardoal pretende que “esta seja uma integração plena, que se sintam cá bem, porque não sabemos se estas pessoas vêm por 15 dias, um mês, um ano, dois anos... e temos que estar preparados para tudo”.

O autarca anunciou já ter feito contactos com algumas empresas do concelho “no sentido de, se as pessoas assim o entenderem, isto não é condição, porque há pessoas que preferem terem uma ocupação profissional, há um conjunto de empresas do nosso concelho que se disponibilizou”. Contudo, voltou a repetir: “se houver essa vontade da parte deles em querer colaborar e ter ali também alguma autonomia financeira”.

No âmbito da saúde, “as coisas também estão a ser acompanhadas e regularizadas, bem como no âmbito da alimentação, que iremos assegurar enquanto houver essa necessidade”. A Loja Social, “que tem muita coisa, felizmente” também foi disponibilizada.

Também a Escola de Sardoal, “através do eTwinning e da Associação de Estudantes, tem estado a recolher bens para os fazer chegar à Ucrânia”.

Apesar de toda a disponibilidade e solidariedade demonstradas, Miguel Borges lembrou que “neste momento o problema está tão complicado que o que mais interessa não é fazer lá chegar bens, o mais urgente é tirar as pessoas de lá, livrá-las daquela situação. Mesmo aqueles que não estão em cenário de guerra, porque a Polónia começa já a ter cidades sobrelotadas e sem condições para que estes refugiados possam estar condignamente. E não só na Polónia, também na cidade ucraniana de Lviv, que já não consegue aguentar mais. Por isso, aquilo que é urgente, é ir buscá-los e trazê-los”.

 

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