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JMJ: O tapete de flores de Sardoal para a Cerimónia do Acolhimento com o Papa (fotogaleria)

3/08/2023 às 09:02

O trabalho começou cedo, já há mais de um mês com o planeamento e preparação. Foi preciso fazer ensaios e perspetivar aquilo que seria feito junto ao palco-altar da Colina do Encontro, que é como quem diz junto ao palco-altar do Parque Eduardo VII.

Foram 4 concelhos escolhidos pela organização da Jornada Mundial da Juventude para criarem o amplo corredor de tapetes coloridos e com motivos alusivos à religião.

O Sardoal com os célebres tapetes de flores, já uma marca da decoração das capelas na Semana Santa. É o tapete que liga a colina ao palco.

Segue-se Vila do Conde, igualmente com tapetes de flores. Depois Viseu com os quadros desenhados no chão com carrasca de pinho pintadas. E a concluir este corredor central do Parque Eduardo VII os tapetes feitos com sal, de Viana do Castelo.

De Sardoal vieram as margaridas brancas, gerberas amarelas e vermelhas, buganvílias lilases e cedro verde. Juntou-se, as aparas e as carrascas de pinheiro.

Por cima da relva do espaço da capital foi colocado um pano de rede no espaço a decorar. Depois as equipas, divididas por setores, colocaram os moldes e começaram a fazer os preenchimentos de acordo com o plano traçado e divulgado aos 50 sardoalenses que vieram a Lisboa ainda no autocarro.

Cerca das 23 horas já os canais de televisão estavam de volta dos voluntários que faziam os tapetes, porque aquela hora só mesmo jornalistas, funcionários da autarquia de Lisboa e um ou outro peregrino mais curioso se ia acercando para ver a movimentação.

Lá em baixo, o Marquês de Pombal estava estranhamento silencioso e calmo. Só um ou outro carro da polícia, ou dos serviços de limpeza. E poucas pessoas na rua, muito poucas mesmo, e contraste com a movimentação da capital. Mesmo os peregrinos, de noite, eram muito poucos mesmo. Até porque nesta quarta-feira o Parque Eduardo VII não teve movimentações oficiais.

Por volta da 01 da madrugada já o tapete de Sardoal ia adiantando. Muito mais do que aquilo que seria de prever, quando à tarde se disse haver um limite horário para a conclusão dos trabalhos e que era as 07 da manhã.

Quando os últimos quadros foram colocados no chão ouviram-se aplausos. E repetiram-se quando os moldes iam sendo retirados do espaço, em sinal que o trabalho ia avançando.

Cerca das 03 da madrugada, já todos de casacos envergados, por causa do vento mais fresco da noite, davam-se os últimos retoques no tapete. “Tira dali uma carrasca castanha no meio do verde”, ou “olha li um verde no meio do branco”, ou ainda “reforça o branco porque daqui parece que tem um buraco”. Pormenores que quem está habituado a fazer estes trabalhos e que ao olhar da pessoa menos ligada ao que se faz e como se faz tudo parecia normal.

Depois, antes de dado por concluído o tapete, com recurso a um pulverizador foram regadas todas as flores para “acamar” e garantir que o sol desta quinta-feira não as “move” ou “muda”. É que o Papa Francisco só faz a celebração do acolhimento às 17:45.

03 da madrugada, os sardoalenses juntam-se à volta do seu tapete de flores da Jornada Mundial da Juventude para uma fotografia que ficará para a história dos que aceitaram o desafio e vieram passar uma noite a fazer este trabalho.

Agora, como diziam, é esperar e “ver na televisão” para se perceber aquilo que foi feito.

Galeria de Imagens

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