A exposição "Mário Cesariny, um desmesurado desejo de amizade" vai celebrar, a partir de sábado, os dez anos da morte do artista plástico e poeta, no Museu Municipal Carlos Reis e na galeria Neupergama, em Torres Novas.
De acordo com a organização, até 11 de junho o público poderá ver a exposição de fotografia e pintura dedicada ao artista surrealista que faleceu em novembro de 2016.
A mostra divide-se em dois núcleos diferentes, no museu municipal e na galeria Neupergama.
O primeiro, em parceria com a Fundação Cupertino Miranda, acolhe uma mostra fotográfica, da autoria de Duarte Belo, cujo protagonista é Mário Cesariny.
A galeria Neupergama apresenta a obra pictórica do mestre surrealista, proveniente da coleção reunida pelo primeiro proprietário do espaço, José Carlos Cardoso, amigo do artista.
Mário Cesariny de Vasconcelos foi poeta, pintor, e também desenvolveu um trabalho intenso de recolha, compilação e arquivismo das atividades artísticas.
Recebeu vários prémios pela obra escrita e plástica, nomeadamente o Prémio Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores, e o Grande Prémio EDP de Artes Plásticas.
Depositou a sua obra plástica na Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão.
No sábado, às 16:00, é inaugurado o núcleo no Museu Municipal Carlos Reis, seguido de porto de honra na galeria Neupergama.
A 11 de junho, no encerramento da exposição, será projetado o documentário "Autografia", de Miguel Gonçalves Mendes, o primeiro filme sobre Cesariny.
O autor das fotografias, Duarte Belo, formado em arquitetura, desde 1986 que trabalha no levantamento fotográfico sistemático da paisagem, formas de povoamento e arquiteturas em Portugal.
Publicou vários livros sobre o tempo e a forma do território português, entre eles "Portugal — O Sabor da Terra (1997-1998)" e "Portugal Património" (2007-2008).
Lusa