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Pinhal Maior tem projeto para viabilização do território

12/11/2017 às 00:00
Os Quintais nas Praças do Pinhal

A Pinhal Maior – Associação de Desenvolvimento do Pinhal Interior Sul, não tem uma loja física. Tem, “juntamente com a Tagus, a loja de Lisboa, no Intendente, onde estão também representadas outras associações”. Mas, para divulgação dos produtos, “temos uma iniciativa que já vai para muitos anos, que tem tido muito sucesso e não é para acabar, que são Os Quintais nas Praças do Pinhal. Começámos por fazer um mercado para valorizar o que se produz na agricultura, a chamada agricultura social, e que é importante… são os 100 euros a mais no fim do mês, e tem resultado”, conta-nos Augusto Nogueira, Coordenador da Pinhal Maior.

E deixou-nos uma novidade: “já foi aprovado na Direção da Pinhal Maior e eu, acompanhado do presidente da Câmara Municipal de Mação, já fomos à Biofrade, na Lourinhã, que são os pioneiros da agricultura biológica em Portugal e já se prontificaram a ajudar-nos neste projeto”.

Afinal, de que projeto se trata? Augusto Nogueira explica que tinham percebido “que na agricultura convencional, um dos grandes problemas é a comercialização e nós temos que resolver isso”.

Augusto Nogueira

“Hoje em dia, há uma grande procura de produtos biológicos e, dada a grandeza do território, pretendemos que os pequenos agricultores desta região, os que têm uma pequena horta, tenham formação. Vamos sensibilizá-los para enveredarem pela agricultura biológica com os produtos que se adaptem à região. Estamos a falar de produtos hortícolas, das frutas, das leguminosas…”

“Vamos fazer um contrato com uma entidade certificadora que vai fazer esse trabalho com todos os agricultores. Não há aqui nenhum valor acrescido”, declara.

Mas e onde está a novidade?

“É que vamos criar uma empresa, que é a Pinhal Natural, que vai comercializar esses produtos. Portanto, a pessoa vai conhecer o rosto da Pinhal Maior, vai vender os produtos à Pinhal Maior que, por sua vez, vai comercializá-los. E a Biofrade está na disposição de nos comprar estes produtos, pois ficaram muito interessados neste projeto, dada as circunstâncias infelizes que passámos com os incêndios e estão na disponibilidade de vir cá explicar como se devem fazer as coisas”. Este projeto tem como território de intervenção os concelhos de Mação, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei.

“Pensamos que é um projeto inovador na região, que vai trazer uma mais-valia e vamos estar a preservar o ambiente, pois isso está nas nossas mãos”.

A Pinhal Maior conta com a participação de “cerca de 50 produtores” e tem-se vindo a verificar “o aumento do interesse”.

Quanto aos produtos endógenos desta região, Augusto Nogueira lembra os “vinhos, o azeite, os enchidos, o presunto, um queijo de cabra ímpar, o medronho, a cereja… temos produtos que marcam pela qualidade, pelos aromas e pelos sabores. E com estes produtos, fazemos muitas outras coisas boas, como as Fofas de Mação, as cavacas, a tigelada, os maranhos, o plangaio, o cabrito estonado…”.

No futuro, está ainda na calha um projeto que envolverá a produção de cogumelos silvestres nas estevas. Aguardamos…

Patricia Seixas

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