Nos últimos dias o concelho de Mação registou dois assaltos a residências. Um em Vale da Gama, freguesia de Envendos, e outro na freguesia de Ortiga. Em ambos os casos, os assaltos ocorreram quando os moradores não se encontravam nas residências.
Devido a esta “vaga de crimes”, o presidente da Câmara Municipal de Mação demonstrou “preocupação” pelos factos ocorridos, considerando normal que, nesta situação, a população do concelho também fique preocupada.
Vasco Estrela lembrou que o concelho de Mação tem muitas localidades dispersas, “com tantas pessoas a viverem sozinhas, com idades avançadas, obviamente que não são notícias tranquilizadoras”. No entanto, o autarca considera “que devemos ter algum recato na abordagem destas questões, também para não dramatizar mas, por outro lado, também temos que ter atenção e passar a mensagem de que as pessoas devem redobrar cuidados”. O que Vasco Estrela diz querer evitar é que se crie “uma onda de pânico generalizado” até porque um dos recentes assaltos, ocorreu numa residência em que as pessoas nem eram idosas.
Segundo o autarca, “e como sempre transmitimos, é que quando as pessoas são mais idosas, ficam naturalmente mais vulneráveis e é normal que haja um apetite dos criminosos por esse tipo de pessoas. O que queremos é que as pessoas se rodeiem dos maiores cuidados possíveis, sabendo nós que com as características do nosso território, nem sempre isso é fácil”.
Vasco Estrela redobra assim o apelo às pessoas para “se verificarem alguma situação anómala, como carros desconhecidos, pessoas a circular que não seja habitual e outras situações do género, a primeira coisa que devem fazer é garantir a sua segurança e, a seguir, ligar para as autoridades”.
Quando situações destas se verificam, é normal falar da quantidade de efetivos que existem no território. Neste caso, o presidente da Câmara começou por explicar que tem tentado ser sempre “muito coerente e verdadeiro relativamente a essa matéria”. É que, se no passado, “critiquei aquilo que era o efetivo do posto da GNR em Mação, hoje não tenho razões para o fazer. Pelo que me é dado a conhecer, o posto está dotado dos elementos necessários e suficientes. Está, portanto, estabilizado face ao que é a nossa realidade”.