O Posto de Saúde de Alcaravela, concelho de Sardoal, voltou esta segunda-feira a ter um médico de família.
Após quase uma década, os utentes da freguesia de Alcaravela, puderam procurar assistência médica no seu posto de saúde. “Até que enfim!”, diziam algumas utentes que esperavam pacientemente a sua vez. “Assim é muito melhor. Vimos a pé, devagarinho, e podemos ter hora marcada para sermos assistidos. Ir para Sardoal era mais complicado e não tínhamos a certeza de podermos ser atendidos”, desabafavam.
Esta segunda-feira, dia 29 de janeiro, é um dia feliz para o concelho e para a freguesia, como confirmou o presidente da Câmara Municipal de Sardoal, presente nas instalações esta manhã.
“Depois de uma luta insistente durante vários anos, Câmara Municipal, Junta de Freguesia, Centros de Saúde e ACES do Médio Tejo, conseguimos reabrir com todas as condições e todas as valências este Posto Médico de Alcaravela”, disse Miguel Borges.
O Posto de Saúde vai ter a presença de “um médico duas vezes por semana e o apoio da enfermagem e serviços administrativos três manhãs por semana”.
“Era esta a nossa vontade já há muito tempo. Tem sido um caminhar constante e incessante até Lisboa, até aos decisores, para tentar que os Cuidados de Saúde Primários no Sardoal tomem um rumo que é merecido para quem vive no nosso interior. E para valorizar o interior, temos que dar as condições para haver a qualidade de vida que as pessoas merecem”.
No que diz respeito ao edifício, foram poucas as obras de beneficiação que teve que receber para a sua reabertura. Miguel Borges confirmou que “o edifício já estava em condições. Ou seja, nunca foi por falta de condições nas instalações que deixámos de ter aqui os Cuidados de Saúde Primários. Mas claro que um edifício que não estava a ser utilizado já há algum tempo, precisou de uns pequenos retoques e ar condicionado. Mas tudo pequenas coisas”.
Já a falta de médico em Alcaravela durante a última década “era uma questão política”, acusou o autarca. Era “uma não vontade de colocar aqui um médico em Alcaravela”, reafirma, acrescentando que “em meu entender, também é uma questão política a falta de médicos que temos e não só no interior do país”.
Miguel Borges voltou a frisar que o Município, “apesar de não ser competência nossa”, se disponibilizou a fazer parte de um projeto-piloto “num conjunto de 12 ou 13 municípios – aliás, chegámos a assinar um protocolo com o Ministério da Saúde – mas depois este projeto não foi para a frente. Mas mostrámo-nos disponíveis para sermos projeto-piloto na delegação de transferência de competências na área da saúde”.
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