O período antes da Ordem de Trabalhos da reunião de Câmara de Sardoal, realizada esta quarta-feira, 29 de março, trouxe mais uma vez à discussão o tema Casa Grande.
Fernando Vasco, vereador socialista, questionou o Executivo acerca “desta sociedade a quem foi cedida a possibilidade de construir um hotel aqui. É uma sociedade que foi constituída no dia 23 de janeiro de 2017 e tem a sua sede na Rua Luís de Camões nº5. Ora, tenho ideia que a Rua Luís de Camões é esta aqui ao lado onde está a Casa dos Almeidas”. Depois de ver confirmada a informação, o vereador inquiriu então se, à data da constituição da sociedade, se “havia alguma autorização por parte da Câmara Municipal para que num edifício classificado pudesse ser feita uma sede de uma sociedade por quotas?”
Fernando Vasco disse estranhar “esta situação que é até bizarra” e insistiu dizendo que “dada a bizarrice desta situação, ponho a questão ao senhor presidente”.
Por sua vez, Miguel Borges respondeu que “a bizarrice dessa situação, julgo eu, só está no seu entendimento, visto que a Casa Grande, ou dos Almeidas, está há cerca de dois anos na posse da empresa Marimi, através de um contrato de uso. Portanto, quem teria que autorizar a cedência do espaço seria a Marimi e não a Câmara Municipal”.
Fernando Vasco pediu que a explicação dada pelo presidente da Câmara Municipal ficasse em ata pois, “me parece que bizarrice é uma forma leviana de ver a questão, porque a questão pode entrar no campo da ilegalidade”, argumentou.
Perante esta afirmação, o presidente da Câmara Municipal de Sardoal afirmou que o PS de Sardoal “ou o senhor Fernando Vasco, andam com uma candeia apagada numa noite de breu, à procura de algo para deitar abaixo um projeto que é importante para o Sardoal”. Miguel Borges admitiu “não conseguir perceber” a postura “assumida pelo Partido Socialista de tudo fazer para deitar abaixo um projeto que recupere um edifício classificado, um projeto que dá um equipamento hoteleiro para a nossa região e que, para além disso, é um projeto que tem 10 postos de trabalho diretos”.
O projeto da Casa Grande ainda a dar que falar e a gerar controvérsia entre o Executivo sardoalense.
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