O financiamento para a obra que vai permitir uma nova EB 1,2,3/S Drª Maria Judite Serrão Andrade, em Sardoal, foi aprovado. São cerca de 3,9 milhões de euros provenientes dos fundos comunitários que viram agora o financiamento aprovado no âmbito do Portugal 2020.
Depois da análise da lista de erros e omissões, o projeto tem nova data para apresentação de propostas, agora até dia 26 de janeiro. O ponto foi aprovado pela maioria social-democrata em reunião do Executivo, esta quarta-feira, 11 de janeiro, e contou com as abstenções dos vereadores da oposição.
Miguel Borges, presidente da Câmara Municipal de Sardoal, confirmou que Sardoal vai ter uma escola completamente nova e que “neste momento, o processo da escola só depende de nós. Faltava esta pontinha que era a aprovação do financiamento comunitário”.
“Houve um conjunto de interessados que ao analisar os documentos, apresentaram alguns erros e omissões…” situação normal que faz parte deste processo. “Foram dadas as respostas, foi ultrapassado, e o concurso continua a decorrer agora com um novo prazo para apresentação das propostas que será a 26 de janeiro”.
“Este facto de termos uma escola completamente nova é algo que me diz muito, porque eu há seis anos que ando a lutar por uma escola nova um pouco contra a corrente. Isto porque a Europa entendia que já não havia mais dinheiro para escolas em Portugal porque, na verdade, eles não conseguiam perceber como é que se gastou 14 e 15 milhões numa escola. Mas nós aqui somos muito mais modestos e andamos com um projeto de 3,8 ou 3,9 milhões de euros para custo final da obra, já incluindo o equipamento”, explicou Miguel Borges.
O presidente reconheceu que “foi uma luta mas conseguimos fazer compreender que era uma prioridade. A escola de Sardoal é muito bonita, está bem arranjada exteriormente mas não tem condições em termos de conforto para as crianças”.
E deu como exemplo o filho mais novo que “anda no 1º ciclo e, em dias de chuva, entre o portão e a sala, com a mochila e o guarda-chuva, começa as aulas às 9 da manhã completamente encharcado”. “Ora, não há projeto educativo que possa ser implementado com qualidade quando as crianças não têm o mínimo de conforto que é exigido, e que outros têm à nossa volta, e que está de acordo com aquilo que são as aprendizagens do século XXI”, reconhece o autarca.
Pavilhão escolar vai ser Municipal
Mas nesta obra “há também uma outra resposta que era uma carência no nosso Município”, explicou Miguel Borges. “É que a escola tem um Pavilhão Desportivo que funcionará também como equipamento municipal. Durante o período de atividades letivas, é para uso da escola, fora desse período e ao fim-de-semana, funciona como um equipamento que está disponível para a população e para os nossos clubes poderem fazer as suas atividades desportivas”.
O autarca refere aqui a “boa utilização dos dinheiros públicos” por parte da Autarquia sardoalense, visto que estava previsto “há cerca de cinco, seis anos, a construção de um pavilhão polivalente junto ao Campo de Jogos e a piscina”. Mas com a construção da escola nova, a Câmara decidiu-se pela não construção daquele pavilhão e que o pavilhão da escola funcionasse como pavilhão municipal pois “não fazia sentido nenhum passarmos a ter dois pavilhões com 500 metros de distância”.