Em reunião do Executivo da Câmara de Sardoal, realizada esta quinta-feira, foi revogado o procedimento do concurso para a construção da Escola Básica 1,2,3 e Secundária de Sardoal e aprovada a abertura de um novo concurso, reformulado e com um novo montante.
O projeto passou de 3,7 milhões de euros para 4 milhões e 80 euros. Miguel Borges, presidente da Câmara Municipal de Sardoal, explicou à Antena Livre que esta alteração se fica a dever ao facto de “na altura, concorreram 14 empresas mas nenhuma apresentou os requisitos necessários para lhe ser adjudicada a obra, nomeadamente a questão do preço. Todas acharam que os 3,7 milhões de euros era um preço baixo demais para aquilo que era a obra”. O presidente explicou que “isso não aconteceu só no Sardoal, tem acontecido noutros pontos do país, pois há um aumento dos custos da construção civil. Tem aumentado bastante e essa tem sido a justificação que nos têm dado”.
Como tal, “teve que ser revisto e reformulado o projeto. Também incluímos uma situação, que no anterior não estava e que é o caso da eficiência energética. Introduzimos melhorias porque o primeiro projeto era de Classe B e vai passar a ser de Classe A e aqui estamos a falar de 200 mil euros. Reformulámos também algumas opções que estavam feitas de modo a que o projeto ficasse melhor. Houve também uma melhor rentabilização que, para além de aumentar em termos de valor, trouxe outro tipo de opções que, acreditamos, agora vá haver concorrente para a escola”.
O atraso no arranque da obra não vai ter nenhuma implicação no normal funcionamento das aulas, garantiu Miguel Borges, pois “o ano letivo já está pensado de forma a que não haja alterações. Começar a 15 de setembro ou a 15 de janeiro, vai ter o mesmo impacto no desenrolar do normal funcionamento do ano letivo”.
Vai então ser aberto novo concurso, com novos valores, para a construção da Escola Básica 1,2,3 e Secundária de Sardoal.
Na reunião, o vereador Rui Serras, do Grupo de Independentes de Sardoal, votou favoravelmente a abertura de novo concurso, bem como o vereador socialista, Fernando Vasco. No entanto, o vereador do PS acrescentou que votava favoravelmente a nova escola “embora entendamos que este dinheiro podia ser melhor aplicado noutras situações. Mas votamos favoravelmente devido às circunstâncias de muito desse dinheiro vir de fundos comunitários”.