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Torres Novas com investimentos de 7,3ME em reabilitação urbana e mobilidade

27/01/2017 às 00:00

A Câmara de Torres Novas apresentou ontem o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), que prevê um investimento total de 7,3 milhões de euros no concelho até 2020, em áreas como a reabilitação urbana e a mobilidade.

O plano, apresentado ao final da manhã em conferência de imprensa, tem uma sessão pública marcada para o final da tarde, abrindo um período de um mês para recolha de contributos e sugestões que serão depois analisadas por um Conselho Local de Desenvolvimento Urbano que o município está a criar com 13 entidades e personalidades do concelho.

“É um projeto extremamente importante que irá mexer com o casco histórico, permitindo recuperar partes que estão degradadas, trazendo mais qualidade e desenvolvimento” ao concelho, disse à Lusa o presidente da Câmara Municipal de Torres Novas.

Pedro Ferreira (PS) afirmou que a candidatura apresentada pelo município, no âmbito dos fundos comunitários disponíveis para a região Centro do país, “mereceu a classificação máxima obtida pelos PEDU, Bom”, o que representa mais fundos, a que acresceu uma majoração de 10% pelo facto de 15% do plano ter sido executado em 2016, pelo que o valor de comparticipação do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) rondará os 5 milhões de euros.

O plano, que terá duas fases (5,8 milhões de euros na primeira e 1,5 milhões na segunda) prevê ações de regeneração urbana em zonas de lazer e em edifícios degradados e intervenções no acesso ao castelo e para “fechar o circuito” de acompanhamento do rio Almonda, disse o autarca.

Pedro Ferreira afirmou que a obra que permitiu a majoração de 10% (450.000 euros) foi realizada no antigo Convento do Carmo, onde foi instalada uma ‘start up’ para projetos empreendedores e irá funcionar uma área para as parcerias na área social e da solidariedade, outra (nos claustros) para atividades de índole cultural e outra como Loja do Cidadão.

“É um edifício onde nasceram e morreram muitos torrejanos (foi o primeiro hospital do concelho), muito presente na memória de todos, e a sua degradação era vista com tristeza”, disse o autarca, adiantando que o projeto de instalar ali grande parte dos serviços camarários se mantém a médio prazo.

Entre os projetos hoje apresentados encontra-se a recuperação do Prédio Alvarenga, um edifício histórico situado em frente aos Paços do Concelho, que será em parte hotel e noutra parte “oficina de trajes e armas medievais”, em complemento à Feira Medieval de Torres Novas, “que é já uma referência”, disse.

A recuperação da Central do Caldeirão, junto ao rio Almonda, deixando parte da central elétrica para mostrar às novas gerações “como funcionava”, e um novo acesso ao castelo são outras intervenções previstas.

Na vertente da mobilidade, o PEDU de Torres Novas prevê a construção de ciclovias “em interface com o terminal rodoviário” e várias zonas pedonais.

No terceiro eixo do plano, o que visa as comunidades desfavorecidas, está prevista a reabilitação de uma centena de habitações sociais de um bairro situado no centro histórico.

Numa “carta aberta” divulgada esta semana, a vereadora da CDU, Filipa Rodrigues, pede a Pedro Ferreira para que seja feito um “projeto alternativo” ao que é proposto para a envolvente do castelo, por considerar que “não dignifica” aquele monumento nacional e “não corresponde às expectativas que a população tem para aquele espaço”.

Segundo Pedro Ferreira, estas “não são propostas fechadas", pois hoje estão a ser apresentados estudos prévios.

"As pessoas têm um mês para se pronunciarem – há um site disponível e podem fazê-lo também por escrito - e o Conselho Local de Desenvolvimento Urbano dará um parecer antes de os projetos definitivos irem a deliberação, para então se formalizarem as candidaturas”, disse o autarca.

Pedro Ferreira disse acreditar que antes do final do ano será possível ter “alguma obra feita”, descartando qualquer “pressa eleitoral”, pois a data para o arranque de projetos com fundos comunitários não dependeu dos municípios, tendo resultado dos “'timings' do processo”, cujo atraso não pode ser imputado às autarquias.

Lusa

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