José Pacheco Pereira esteve esta quarta-feira na Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, em Vila de Rei, para a edição de 2017 dos “Encontros Documentais”. Numa sessão dedicada à temática “Arquivos”, Pacheco Pereira falou do seu arquivo privado e do trabalho que lá é efetuado e também da importância da preservação da memória para as gerações seguintes.
“É muito importante porque a memória tem que ser acompanhada por coisas físicas. A memória dos homens morre com eles, a memória de certos eventos morre com as gerações que os viveram mas os papéis, os documentos, as fotografias e os objetos conservam essa memória para as gerações seguintes. E um povo e um país sem memória, é pobre”, afirmou José Pacheco Pereira.
O historiador é detentor de um dos maiores arquivos privados e apela aos portugueses para que “não deitem nada fora”. “A experiência que temos diz-nos que, se as pessoas partirem do princípio de que não deitam nada fora, se salvam coisas importantes. Mesmo coisas que não parecem ter interesse imediato, acabam por ter com o tempo”. E dá exemplos como “a contabilidade pessoal, a correspondência amorosa, anotações, um diário…”
A edição de 2017 da ação de capacitação e debate “Encontros Documentais” está então a decorrer neste primeiro trimestre do ano na Biblioteca Municipal José Cardoso Pires.
É organizada pela Rede Concelhia de Bibliotecas de Vila de Rei e com “Património e Identidade Cultural” como pano de fundo, a iniciativa vai voltar a juntar um painel de oradores com nome firmado nestas áreas, debatendo assuntos importantes quer para a profissão em si quer para os serviços e cidadãos.
José Pacheco Pereira esteve em Vila de Rei e falou do mais público dos arquivos privados de Portugal. O seu.