Praça da República
O centro histórico de Vila Nova da Barquinha está a mudar. Os investimentos públicos feitos nos últimos anos estão a ter impacto na regeneração urbana da vila, impulsionada pela iniciativa privada.
Obras públicas como o Parque Ribeirinho, o Centro de Estudos de Arte Contemporânea, a Residência Temporária para Criadores, a remodelação do Centro Cultural e a criação do Posto de Turismo, a remodelação do Edifício dos Paços do Concelho e a criação da Galeria do Parque, a Galeria Santo António e implementação das esculturas no parque, valorizaram todo o tecido urbano.
As intervenções financiadas pelos anteriores quadros comunitários provocaram novos investimentos já concretizados na área do turismo e atraíram novos moradores para a zona baixa.
“De facto Vila Nova da Barquinha tem uma situação privilegiada quer pela A23, quer pela estação ferroviária do Entroncamento (…) As pessoas privilegiam este território devido à sua pacatez e à qualidade de vida que encontram”, afirmou Fernando Freire, presidente da CM de VN da Barquinha.
“Temos de facto o melhor que existe no país e há muita gente que assume isso, aliás até munícipes de outros concelhos e outras pessoas que falam comigo o assumem com frontalidade. Qual é a opção por Vila Nova da Barquinha, porque é central e está perto de tudo”, fez notar.
Mas a revolução ainda não está dada como terminada. Além dos estabelecimentos comerciais e das residências privadas em construção, o Município prepara-se para concretizar o Plano de Ação de Regeneração Urbana (PARU), no âmbito de uma candidatura ao Programa Operacional Regional – Centro 2020. O PARU inclui várias intervenções que prometem fazer da Barquinha uma vila nova, reabilitando também a Câmara Municipal, desta forma, vários edifícios devolutos.
No Largo José da Cruz, junto à Loja do Cidadão vai nascer o futuro Ninho de Empresas de Vila Nova da Barquinha. Projeto atualmente em fase de concurso público consiste na reabilitação integral de dois edifícios para instalação de start ups, um investimento de cerca de 470 mil euros.
O futuro Ninho de Empresas será constituído por dez gabinetes, três espaços de co-working, uma sala de reuniões, uma sala de formação, uma zona de convívio (com copa), uma sala de empreendedorismo e secretariado, uma sala para Gabinete de Inserção Profissional e uma loja de produtos endógenos.
“Sabores do Tejo” abre portas dia 9 de junho
Já em fase de conclusão, o "Edifício Joaninha", antiga cantina escolar paredes meias com a Galeria Santo António, vai transformar mais um edifício devoluto num moderno estabelecimento comercial. Vai albergar uma loja de produtos endógenos derivados da produção local “Sabores do Tejo”, explorado em parceria com a Associação de Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte (ADIRN). Uma empreitada que deverá cifrar-se em cerca de 78 mil euros e entrar em funcionamento dia 9 de junho.
“Será uma loja dedicada aos produtos endógenos da região favorecendo todos. Pertencemos a uma comunidade, a uma estratégia e devido aos visitantes que temos, que são muitos, podemos aqui alocar e promover os nossos produtos. Aproveitamos para ter ali um espaço de degustação dos produtos regionais”, adiantou o autarca barquinhense.
A Praça da República e a confinante Rua Pedro Álvares Cabral, às portas dos Paços do Concelho também vão ter cara lavada. Esta será uma zona pedonal, com a eliminação da circulação e estacionamento automóvel nestas vias. A remodelação da praça mais emblemática da vila vai custar cerca de 105 mil euros, estando o respetivo concurso público a decorrer.
A praça irá contar com uma nova visão “de modernidade, com uma nova filosofia. Vamos libertar a praça das árvores e colocar-lhe iluminação e esplanadas. Esta zona vai ser toda pedonal, os veículos vão deixar de passar, para que as pessoas possam aproveitar as esplanadas e divertirem-se”, aludiu o presidente.
Ainda numa primeira fase de intervenções no âmbito do PARU, o Município de Vila Nova da Barquinha irá intervir na Rua da Misericórdia. A obra prevê a reformulação do arranjo paisagístico do interior do quarteirão, envolvente exterior e espaço entre quarteirões. Nesta zona será colocado novo mobiliário urbano e equipamento infantil e juvenil. Será ainda criada uma zona verde com área pedonal. Trata-se de um investimento de cerca de 200 mil euros para rejuvenescer a zona alta da sede de concelho.
Para uma segunda fase deste programa de financiamento fica a qualificação do Largo José da Cruz e do Largo do Marechal Gomes da Costa, uma operação de arranjo paisagístico orçada em cerca de 150 mil euros. A obra contempla a reformulação dos pavimentos, colocação de mobiliário urbano e uma escultura no Largo José da Cruz, criação de zonas verdes e arborização do espaço assim como o condicionamento do acesso automóvel.
O investimento total da candidatura é de cerca de um milhão de euros, com comparticipação de 85% do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).