O Centro de Interpretação Templário de Almourol CITA, em Vila Nova da Barquinha, tem patente a partir desta sexta-feira, dia 22 outubro, a exposição "Almourol na Cultura Popular e na Literatura".
A inauguração está agendada para as 19 horas e a exposição pode ser visitada nos dias úteis das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Aos fins de semana e feriados, entre as 10h00 e as 13h00 e no período das 15h00 às 18h00. A exposição encerra à segunda-feira de 1 de outubro a 30 de abril.
Segundo Manuel J. Gandra, “parco em memórias militares, Almourol acha-se, contudo, envolto num halo de mistério e magia. Almourol é, com efeito, o mais aureolado de quantos lugares abrigaram templários no nosso país.
Fala-se de tesouros que para serem acedidos obrigam os candidatos a achadores e embrenharem-se em complexos e evasivos sistemas de túneis.
Narram-se feitos e aventuras cavalheirescas, em louvor de damas misteriosas, aprisionadas no castelo por um gigante impiedoso para todos quantos tentem violar a fortaleza à sua guarda.
Tão intenso é o apelo do lugar que se tornou marca de produtos (azeite, chocolate, refrigerantes, etc.) e de eventos.
Mas, centremo-nos no lendário associado à fortaleza templária. Consoante a tradição oral das gentes da região, um complexo sistema de túneis ligava o castelo de Almourol a lugares circunvizinhos, o mais extenso dos quais (c. 12 km) comunicaria com Vila Velha da Atalaia.
Em outro subterrâneo, alegadamente em conexão com o convento franciscano de Santa Maria de Almourol, sito na margem direita do Tejo, diz-se existir o “tesouro do castelo”, o qual se admite constar de “uma mesa de ouro assente sobre quatro esferas do mesmo metal” (Mesa de Salomão?).
São essencialmente quatro as lendas que o povo credita ao lugar, as quais constituem o indesmentível testemunho da respetiva auréola mágica”.