O ministro das Instraestruturas pediu às freguesias “um último esforço” para que as juntas onde se encontram instalados postos dos CTT possam abrir de forma condicionada, salientando que isso é “absolutamente” decisivo para entregar as pensões ao domicílio.
Segundo uma nota do Ministério das Intraestruturas divulgada hoje, o apelo do ministro Pedro Nuno Santos foi feito numa carta enviada à Associação Nacional de Freguesias (Anafre).
A reabertura destes postos será “absolutamente decisiva” para que se possa cumprir o objetivo de entregar as pensões ao domicílio à totalidade dos pensionistas portugueses no próximo mês de maio, é referido.
Na missiva, em que pediu um “último esforço” para a abertura condicionada das juntas onde se encontram instalados postos dos CTT, Pedro Nuno Santos saudou ainda os autarcas pela colaboração na iniciativa da entrega das pensões pelos CTT ao domicílio de uma grande parte de pensionistas portugueses no mês de abril.
Contudo, salientou o ministro da carta, ainda se encontram encerrados 141 postos de CTT instalados em infraestruturas de juntas de freguesia.
“A estes acrescem 479 outros a funcionar em horário reduzido, o que tem provocado algumas perturbações em serviços postais essenciais”, é acrescentado no comunicado do Ministério.
Em 31 de março, o Governo já tinha solicitado a abertura de “forma condicionada” das Juntas de Freguesia onde se encontram instalados postos dos CTT, lembrando que os serviços postais são “verdadeiramente essenciais” e garantem a entrega das pensões.
Numa carta enviada nessa data à Anafre, o Ministério das Infraestruturas pedia que as Juntas de Freguesia abrissem diariamente, “ainda que de forma condicionada”, entre as 09:00 e as 12:00.
O pedido, era referido, insere-se na necessidade de continuidade dos serviços essenciais, prevista no decreto que determinou o estado de emergência devido à pandemia de covid-19.
O Ministério das Infraestrutura lembrava também que o Governo já tinha articulado com os CTT a entrega ao domicílio dos vales de pensão pelo carteiro e o seu pagamento, de forma gratuita.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 735 pessoas das 20.863 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".
Lusa