A próxima jornada Mundial da Juventude, que se deveria realizar em Lisboa em 2022, foi adiada para agosto de 2023 devido à pandemia de covid-19, anunciou hoje o Vaticano.
“Devido à atual situação de saúde e suas consequências no movimento e agregação de jovens e famílias, o Santo Padre, juntamente com o Dicastério para Leigos, Família e Vida, decidiu adiar o próximo Encontro Mundial da Família por um ano, agendado para Roma, em junho de 2021, e a próxima Jornada Mundial da Juventude, agendada em Lisboa em agosto de 2022, respetivamente em junho de 2022 e agosto de 2023”, diz o Vaticano em comunicado.
O maior evento organizado pela Igreja Católica estava agendado para 2022, em Lisboa, com a presença do Papa Francisco e com o tema "Maria levantou-se e partiu apressadamente", seria um acontecimento nunca visto em Portugal com um custo acima de 50 milhões de euros.
Recentemente e também devido à pandemia, a cerimónia de passagem dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude do Panamá para Portugal, prevista para 05 de abril, foi adiada para novembro.
Para a angariação de fundos e gestão dos fundos associados ao evento foi criada a Fundação Jornada Mundial da Juventude.
A organização da Jornada Mundial da Juventude tem uma sede provisória em São Vicente de Fora, no concelho de Lisboa, e o cardeal patriarca de Lisboa disse em novembro de 2019 esperar que o evento possa ter o mesmo impacto no desenvolvimento da zona entre os municípios de Lisboa e Loures (onde vai decorrer) que a Expo 98 teve no local onde hoje se situa o Parque das Nações.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 735 pessoas das 20.863 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.
Lusa