O Médio Tejo tem nesta segunda-feira, de acordo com o relatório epidemiológico do Agrupamento de Centros de Saúde mais 12 infetados com o coronavírus. Com um total acumulado de 875 infetados desde que começou a pandemia os casos desta segunda-feira são quatro de Abrantes, um do Entroncamento, cinco de Ourém e dois de Tomar.
Ainda segundo o relatório epidemiológico há a registar mais 30 recuperados, 13 de Ourém e 17 de Mação. O total de pessoas que estiveram infetadas e recuperaram é agora de 545.
No que diz respeito às vigilâncias ativas, hoje o número de pessoas que está em confinamento aponta as 219. Este valor é variável porque todos os dias há novas pessoas a entrar em confinamento, mas também há muitas pessoas a sair do confinamento. De acordo com a saúde pública estas 219 pessoas estão em isolamento profilático em Abrantes (19), Alcanena (7), Constância (5), Entroncamento (53), Ferreira do Zêzere (4), Mação (4), Ourém (49), Sardoal (2), Tomar (29), Torres Novas (43) e Vila Nova da Barquinha (4).
Na semana passada uma aluna da Escola Secundária Solano de Abreu testou positivo e levou uma turma e mais uns amigos a confinamento até terem saído os resultados, que foram negativos. Essa turma voltou às atividades letivas presenciais, com exceção da aluna infetada e outros dois colegas que tiveram de repetir o teste.
Também no final de semana passada a escola do primeiro ciclo de Santa Margarida da Coutada, Constância, teve uma aluna que testou positivo. Também neste caso a turma foi para confinamento enquanto aguarda a realização dos testes, no sentido de se saber que medidas adicionais podem ser tomadas.
A propósito dos casos nas escolas, Maria dos Anjos Esperança, a coordenadora da Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo, não esconde que são grandes preocupações. Não só porque podem constituir um risco elevado de contágio assim como podem disseminar um eventual contágio para as famílias e, logo, para a comunidade.
“É uma enormidade de contactos sociais. Envolve toda a população escolar, alunos, professores e funcionários e depois envolve também os pais, as famílias que estão ligadas a esses alunos. E depois podem envolver institutos, grupos desportivos onde os alunos têm atividades fora da escola” explica a médica de saúde pública. Um caso numa escola envolve uma vigilância ativa muito maior e que dá sempre muito mais preocupações. É isto é que se apela para que sejam cumpridas as regras porque sabe-se que os comportamentos fora do ambiente escolar são muito diferentes daquele que têm dentro dos portões das escolas.
Maria dos Anjos Esperança espera que, cada vez mais, os jovens pensem na pandemia como risco para as famílias e não apenas para eles. É que um caso num jovem pode não ter importância, mas eles têm pais, tios, avós e podem constituir um risco elevado a estas pessoas.
Maria dos Anjos Esperança
O ACES Médio Tejo abrange a área territorial de 11 municípios com cerca de 235 mil utentes. Abrange as unidades de saúde de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar, Torres Novas e Vila nova da Barquinha, numa área territorial de 2.706,10 Km's quadrados.
Já os concelhos da Sertã e Vila de Rei que fazem parte do Médio Tejo na divisão político-administrativa em termos de saúde pertencem ao ACES do Pinhal Interior Sul que abrange ainda os concelhos de Proença-A-Nova, Oleiros e cerca de 30 mil utentes.