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Pandemia: Covid-19: Médio Tejo com 165 novas infeções. Delegado de Saúde confirma casos na escola de Mouriscas e apela à diminuição de contactos

16/12/2021 às 21:30

A Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo (USPMT) registou nas últimas 24 horas mais 165 novos infetados com SARS-COV-2. O total de infetados, desde o início da pandemia subiu agora para os 19 609.

Os 165 casos detetados esta quinta-feira pelos laboratórios foram reportados em Abrantes (26), Alcanena (4), Constância (6), Entroncamento (14), Ferreira do Zêzere (8), Mação (5), Ourém (36), Sardoal (2), Tomar (41) e Torres Novas (23). Vila Nova da Barquinha foi o único concelho da região a não ter registo de novos infetados nas últimas 24 horas.

O número de recuperados é de 17 141 e o de óbitos mantém-se nos 420.

Com mais 165 infetados e sem alteração nos recuperados o número de casos ativos no Médio Tejo subiu para 2 048 localizados em Abrantes (224), Alcanena (55), Constância (29), Entroncamento (190), Ferreira do Zêzere (115), Mação (26), Ourém (568), Sardoal (26), Tomar (459), Torres Novas (328) e Vila Nova da Barquinha (28).

O número de pessoas que estão em confinamento por terem contactado com infetados registou nas últimas 24 horas uma ligeira subida. Há neste dia mais 6 pessoas a quem foi decretada a quarentena, e que devem ficar em isolamento em casa. Desde que começou a pandemia que a USPMT já decretou um total de 13 998 confinamentos e deu alta do isolamento a 12 586 pessoas.

As 1 377 pessoas em vigilância ativa estão confinadas em Abrantes (297), Alcanena (99), Constância (7), Entroncamento (131), Ferreira do Zêzere (79), Mação (30), Ourém (111), Sardoal (20), Tomar (109), Torres Novas (492) e Vila Nova da Barquinha (2).

Delegado de Saúde confirma casos na escola de Mouriscas e apela à diminuição de contactos

Em relação aos casos de contágio com o vírus o concelho de Abrantes tem somado, tal como os outros, casos atrás de casos.

Paulo Luís, delegado de Saúde Pública de Abrantes, mostrou muita preocupação em relação ao que se está a passar porque há muitos casos e as pessoas, modo geral, não estão a cumprir as regras de distanciamento ou afastamento social. Desta forma, disse o médico de Saúde Pública, é difícil fazer com que os números baixam.

E depois acrescentou aquilo que todos os especialistas de saúde pública têm vindo a dizer: a vacina não impede o contágio, impede é a manifestação grave da doença.

Paulo Luís explicou ainda que a vacina diminui num quinto as possibilidades de contágio do vírus, mas quando temos os contactos a aumentar dez vezes torna-se muito difícil baixar os níveis de contágio.

Outro dos exemplos que o médico indicou tem a ver com as escolas, por exemplo. Há casos em escolas. Há muitos isolamentos por causa dos casos nas escolas. Há regra diferente para os contactos nos grupos vacinados e não vacinados. E depois deixou a indicação de que haver muitos confinamentos por contactos não quer dizer que haja muitos casos positivos.

Em relação e eventuais alarmismos que podem voltar a surgir com esta tendência de aumento de casos, Paulo Luís pede que as pessoas cumpram os confinamentos decretados, por um lado, e todos os outros cumpram com as ações de proteção individual. Ou seja, o uso de máscara, o distanciamento social, a redução de contactos e lavar as mãos ou usar os produtos de desinfeção que abundam no mercado.

Ainda sobre o concelho de Abrantes o delegado de Saúde indica uma das fontes de preocupação que é a estrutura militar que existe na cidade, o RAME (Regimento de Apoio Militar de Emergência) porque recebe recrutas de todo o país e há muito mais mobilidade do vírus, em caso de infeção.

Em Mouriscas a população está preocupada com os casos que têm surgido no âmbito escolar. Em dados desta tarde, de 16 de dezembro, a Saúde Pública tem detetados oito infetados, sendo um adulto, três crianças de uma sala e outras quatro de outra sala. Paulo Luís diz que, por isso, é normal os confinamentos de familiares e que caso não existam quebras nos confinamentos as linhas de contágio poderem estar já restringidas. Mesmo assim o médico explica que há que ter em atenção a diminuição dos contactos, da mobilidade, para impedir o contágio comunitário.

Depois salientou que os casos que estão a surgir têm origem na comunidade, grosso modo, e não localizados num foco específico de contágio.

Paulo Luís diz sempre, de forma muito insistente, que não vê menor mobilidade ou menor número de contactos da vida social. E esse é o grande problema que estamos a ter, tanto mais que a tendência será para os números aumentarem ainda mais.

Há depois a concordância com o Centro Europeu de Doenças ou com o INSA (Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge) de que em janeiro a Ómicron será a variante dominante na Europa.

Esta é uma preocupação, tanto mais que o próprio primeiro-ministro, António Costa, assumiu já que Portugal pode vir a prolongar as medidas restritivas em vigor ente o dia 2 e 9 de janeiro, entre elas as limitações nas fronteiras.

Portugal com 19 mortes e 5.137 contágios

Portugal regista hoje mais 19 mortes associadas à covid-19, mais 5.137 infeções com o coronavírus SARS-CoV-2 e um ligeiro aumento dos internamentos em cuidados intensivos, indicou a Direção-Geral da Saúde (DGS).

O boletim epidemiológico diário da DGS contabiliza hoje 952 pessoas internadas, menos 15 do que na quarta-feira, das quais 158 estão em unidades de cuidados intensivos, mais oito nas últimas 24 horas.

Segundo os dados da autoridade de saúde, registou-se uma morte de uma pessoa da faixa etária entre os 30 e os 39 anos, sendo os restantes óbitos dos grupos etários dos 50 aos 59 (um), dos 60 aos 69 (um), dos 70 aos 79 (dois) e dos idosos com mais de 80 anos (14)

Das 19 mortes, seis ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo, cinco no Norte, quatro no Centro, duas no Alentejo e duas na Madeira.

Lisboa e Vale do Tejo é a região com mais novos casos diagnosticados nas últimas 24 horas (1.902), seguindo-se o Norte (1.512), o Centro (1.027), o Algarve (381), o Alentejo (143), a Madeira (138) e os Açores (34).

O maior número de óbitos continua a concentrar-se entre os idosos com mais de 80 anos (12.170), seguindo-se as faixas etárias entre os 70 e os 79 anos (4.040) e entre os 60 e os 69 anos (1.711).

Há agora 69.672 casos ativos de covid-19, mais 1.712 do que na quarta-feira, e recuperaram da doença 3.406 pessoas, o que aumenta o total nacional de recuperados para 1.122.741.

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