O Ministério da Agricultura anunciou esta terça-feira que reforçará, a partir da próxima semana, em articulação com o Ministério da Saúde, a capacidade de resposta laboratorial no combate à pandemia da covid-19.
Esta parceria será feita através do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e em articulação com o Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Segundo um comunicado, os dois laboratórios do Estado vão assim cooperar no diagnóstico da covid-19, sendo que atualmente a capacidade instalada nos laboratórios do INIAV vai permitir realizar 400 a 500 testes por dia.
“No entanto, e tendo em consideração que o INIAV se encontra em fase de aquisição de mais equipamento (robots de extração de ácidos nucleicos e equipamentos de PCR em tempo real), a sua capacidade de resposta deverá ser triplicada já no mês de junho”, adianta.
Segundo o documento do gabinete da ministra da Agricultura, “a cooperação entre os dois Institutos irá também passar pela validação de kits comerciais para o diagnóstico do SARS-CoV-2, que serão, posteriormente, introduzidos no mercado português”.
Para além disto, o INIAV disponibilizará ainda, nas suas instalações, um sequenciador para complementar os estudos do INSA de sequenciação genómica do SARS-Cov-2, contribuindo assim para aprofundar o conhecimento sobre o agente causador da doença covid-19.
“Todo este reforço na área da Saúde, por parte do Ministério da Agricultura, não compromete a atividade dos Laboratórios Nacionais de Referência de Saúde Animal. Este reforço de capacidade laboratorial permitirá também que o Estado português fique mais preparado para enfrentar doenças emergentes que afetam as plantas e os animais, num quadro de adaptação às alterações climáticas”, garante a tutela.
A nível global, segundo um balanço de hoje da agência AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 170 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 558 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram até hoje 762 pessoas das 21.379 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Lusa