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Covid-19: Portugal com 119 mortes e mais de 5.900 infetados

29/03/2020 às 00:00

A Direção-Geral da Saúde (DGS) indicou, no boletim epidemiológico deste domingo, que foi revisto em alta o número de vítimas mortais e de infetados com o novo coronavírus.

Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal regista hoje 119 mortes associadas à covid-19, mais 19 do que no sábado, e 5.962 infetados (mais 792).

As autoridades de saúde indicam ainda que 5.508 pessoas aguardam resultado laboratorial e há 17.785 em vigilância. Quanto ao número de pacientes recuperados, mantém-se inalterado nos 43.

Quanto à distribuição geográfica do número de doentes infetados com o novo coronavírus, a maioria centra-se na zona Norte, que totaliza 3.550 casos. Segue-se depois a região de Lisboa e Vale do Tejo, com 1.478 casos, a região Centro, com 709, o Sul com 108 e o Alentejo com 41.

O relatório da situação epidemiológica em Portugal, com dados atualizados até às 24:00 de sábado, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (61), seguida das regiões do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo, com 28 cada, e do Algarve, que hoje regista dois mortos.

Relativamente a sábado, em que se registavam 100 mortes, hoje observou-se um aumento de 19%.

De acordo com dados da DGS, há 5.962 casos confirmados, mais 902 (um aumento de 15,3% ) face a sábado.

Este domingo foi ainda avançado que um rapaz, de 14 anos, morreu durante esta madrugada, no Hospital de São Sebastião, na Feira, após ter sido internado devido ao novo coronavírus no sábado.

Domingos Silva, vice-presidente da Câmara de Ovar, confirmou o óbito referindo que “é a vítima mais jovem até à data”.

Essa morte junta-se assim a cinco outros óbitos que no sábado já se contabilizavam em Ovar, concelho do distrito de Aveiro onde a 17 de março foi declarado o estado de calamidade pública devido ao novo coronavírus e que desde dia 18 está sujeito a cerco sanitário com controlo de fronteiras e encerramento de toda a atividade empresarial que não envolva bens de primeira necessidade.

Segundo a mesma fonte do município da Feira, o estado clínico do jovem de Ovar era particularmente grave devido a comorbilidades que lhe estavam associadas. 

Segundo a RTP avançou, o menor, residente em Ovar, sofria de psoríase - uma doença de pele do foro autoimune.

Na conferência de imprensa diária sobre a covid-19, a ministra da Saúde, Marta Temido, declarou que os pormenores clínicos sobre a causa do óbito ainda estão sob investigação e realçou que a morte do jovem de 14 anos ainda não está refletida no boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS), hoje apresentado.

Graça Freitas, diretora da DGS, acrescentou que o rapaz em causa evidenciava "uma situação complexa dentro do seu estado clínico habitual", que se agravou para um "estado agudo nas últimas 24 horas".

Essa responsável nota que o jovem estava efetivamente diagnosticado com Covid-19, mas realça que o seu quadro sintomatológico "pode indicar outro tipo de patologia", pelo convém usar de "muito cuidado e reserva na análise" da sua morte.

"Ele tinha de facto Covid-19, o que não o impede de ter outras situações igualmente graves e infecciosas que estão a ser investigadas. Além disso, tinha um quadro de base que podia levar a alguma imunodepressão", diz Graça Freitas.

A morte do referido jovem de 14 anos junta-se assim a cinco outros óbitos que no sábado já se contabilizavam em Ovar, concelho do distrito de Aveiro onde a 17 de março foi declarado o estado de calamidade pública devido ao novo coronavírus e que desde dia 18 está sujeito a cerco sanitário com controlo de fronteiras e encerramento de toda a atividade empresarial que não envolva bens de primeira necessidade.

C/ Lusa

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