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COVID-19: “São falsos os pedidos que circulam nas redes sociais em nome do CHMT”

27/03/2020 às 00:00

A Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo emitiu na tarde desta sexta-feira um comunicado a dar conta que teve “conhecimento que alguns profissionais de saúde colocaram nas suas páginas de facebooK pedidos de equipamentos de proteção individual  (EPI’s)”. A Administração diz lamentar tal facto e “pede desculpa aos seus utentes e demais profissionais por alguma insegurança que o mesmo pedido possa ter suscitado, garantindo não haver falta, até à data, dos referidos equipamentos no CHMT, EPE”.

O Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE, lamenta ainda que “profissionais de saúde, que deviam ser os mais responsáveis pelos comentários públicos que fazem, não saibam utilizar de forma mais responsável as redes sociais, num momento tão sensível de saúde pública para a população. Naturalmente que numa casa com dois mil funcionários o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE, não pode responder por atitudes insensatas de alguns profissionais que são, claramente, uma exceção à forma muito responsável, no contributo essencial que dão para a Instituição, como um todo, a maioria dos profissionais neste momento crítico”.

E acrescenta que “no dia em que houver uma rutura de equipamentos ou material que ponha em causa a prestação de cuidados o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE, será o primeiro a fazer um apelo público, se não lhe restar outro meio”.

A Administração admite ser “verdade que nesta Instituição, como em qualquer outra de prestação de cuidados de saúde hospitalares, se usa de forma muito racional e muito ponderada bens essenciais para o combate à Covid-19” e que “aquilo que se espera é que profissionais de saúde saibam distinguir o uso racional de material em situação crítica da falta de recursos”.

Pois, como alerta a Administração do CHMT, “sem embargo do uso muito parcimonioso do material existente que, neste momento, exige uma gestão muito mais rigorosa dos stock’s - pois não se sabe a intensidade da pandemia nem o tempo que a mesma vai durar - mais uma vez se reafirma que não existe falta de material de proteção individual no CHMT,EPE de forma a por em causa a segurança dos profissionais, já que este Centro Hospitalar cumpre todas as orientações de auto proteção em meio hospitalar da Direção Geral de Saúde e da sua própria comissão de combate à infeção hospitalar. A prova de que o Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE tem capacidade para fazer face a este surto pandémico é que, ainda no dia de hoje, 27 de março, o CHMT, EPE, recebeu 10 ventiladores, de uma encomenda global que o Governo fez para reforçar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde no combate ao SARS-CoV-2”.

No final, a Administração agradece “as muitas ofertas de consumíveis de proteção individual bem como de toda a solidariedade demonstrada nos últimos dias por diversas entidades privadas e públicas que, de várias formas, têm colaborado no combate a esta pandemia, e têm feito chegar bens e equipamentos ao CHMT, EPE. Equipamentos esses que reforçam os stock’s existentes”.

 

Plataforma um passo em frente denunciou ontem que faltavam ventiladores e outros materiais no Centro Hospitalar do Médio Tejo

Os médicos, enfermeiros e bombeiros inscritos na plataforma umpassoafrente.pt identificaram nos últimos dois dias vários equipamentos em falta, como o caso de ventiladores que estão em falta no Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE; no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, EPE; no Hospital de Cascais Dr. José de Almeida; no Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Amadora; no Hospital Santa Maria Maior, EPE – Barcelos; na Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE;  e na Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE.

Até ao momento, foram identificadas falhas de fornecimento de 53 tipos diferentes de equipamentos em 40 Unidades de Serviço de 33 Hospitais e Centros de Saúde Nacionais. As máscaras, batas hospitalares e óculos de proteção são os materiais referenciados mais em falta (Dados completos na lista anexa e disponível no site).

No que diz respeito ao Centro Hospitalar do Médio Tejo, avança a plataforma que estão em falta no serviço de Urgência, máscaras cirúrgicas simples, batas hospitalares descartáveis, ventiladores, zaragatoas, testes COVID-19 e máscaras FFP2.

Informação esta que a Administração do Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE vem agora desmentir.

A plataforma foi lançada na segunda feira dia 23, à meia noite, para sistematizar faltas de material e equipamentos de modo a que essas falhas possam ser supridas pelo Governo e as campanhas de solidariedade. Assim, pretende-se garantir que ficam garantidas as condições de proteção e de trabalho a médicos, bombeiros, enfermeiros, e a todos os profissionais empenhados no combate à pandemia provocada pela COVID-19. Neste site, os profissionais na 1ª linha do combate ao Coronavírus conseguem identificar de forma rápida o material que falta em cada estabelecimento de saúde, assumindo a responsabilidade pela informação reportada.

Esta plataforma é destinada a profissionais de saúde, nomeadamente médicos, enfermeiros e bombeiros, mas irá em breve ser alargada a Farmacêuticos e outros técnicos superiores de saúde.

A plataforma está igualmente a promover a campanha ‘Unidos por Portugal’, promovido pela ‘SIC Esperança’, assim como a campanha da Direção-Geral da Saúde, para recolha de donativos de resposta à crise da COVID-19.

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