Depois de dez, dos 14, comandantes dos Bombeiros e dos autarcas do Médio Tejo se terem manifestado contra o retrocesso na nova orgânica da Proteção Civil, agora são os presidentes das associações humanitárias de bombeiros.
Numa carta aberta dirigida ao Presidente da República, ao presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e ao Diretor Nacional de Bombeiros, oito associações humanitárias de bombeiros do Médio Tejo também dão conta do descontentamento de uma eventual nova reorganização da rede de estruturas da Proteção Civil.
Os dirigentes das associações de Abrantes, Caxarias, Entroncamento, Fátima, Ferreira do Zêzere, Fátima, Minde, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha, Tomar, Alcanena e Sardoal, dão conta que, apesar de a remodelação ter sido comunicada em cima da hora, o novo modelo tem “funcionado muito bem.” Nesta zona o Comando Subregional acompanha a organização administrativa do Médio Tejo o que, com os municípios e com as associações, tem resultado em parcerias fundamentais para o trabalho desenvolvido.
Ora, os dirigentes apontam depois a dois Decreto-Lei sobre a transferência de competências para os municípios e estruturas intermunicipais no domínio da Proteção Civil.
Nota ainda para o fato do Médio Tejo ter uma fatia do orçamento da sub-região dos fundos de apoio da União Europeia, de mais de cinco Milhões de Euros, para investimentos na Proteção Civil de acordo com um programa de investimento em rede nos 11 municípios.
Deste modo, ainda antes de a moção de confiança ter sido reprovada, levando o país para eleições, foi do conhecimento uma intenção de o governo em fazer recuar esta reestruturação da Proteção Civil, eliminando os comandos sub-regionais e regionais, e voltado a ativar os comandos distritais. Por isso os dirigentes questionam a ANEPC e a Direção Nacional dos Bombeiros “estão cientes que as entidades detentoras dos corpos de bombeiros se encontram confortáveis com o atual modelo?” Logo de seguida são apontadas as respostas: Encontram-se confortáveis devido à proximidade; pelas respostas rápidas; pelo apoio nas variadas situações e pela representatividade local.”
A segunda questão pretende saber se as duas instituições têm prevista alguma auscultação das entidades detentoras dos corpos de bombeiros acerca de eventuais alterações.