São mais 24 horas, sem registo de qualquer infeção provocada pelo coronavírus na área de influência do Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo. Uma situação que já vem desde teça-feira e que, de acordo com os relatórios epidemiológicos do ACES Médio Tejo, só têm crescido as vigilâncias ativas, o que acontece também hoje com mais seis pessoas que vão ficar sob o olhar da autoridade de saúde.
De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira há ainda um registo de mais cinco pessoas que tiveram alta da vigilância ativa, assim como mais seis pessoas que foram contactadas pelos médicos de saúde pública do Médio Tejo.
Assim, de acordo com o relatório desta sexta-feira os concelhos do Médio Tejo têm 59 vigilâncias ainda no ativo, ou seja, 59 pessoas que estão em isolamento porque contactaram com outras pessoas que fizeram teste com resultado positivo. A região conta ainda com 96 casos ativos de infeções, ou seja, pessoas que tiveram teste positivo à SARS-COV-2 e que se encontram em processo de cura da doença.
Maria dos Anjos Esperança, coordenadora da Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo comenta estes três dias sem casos novos e explica como funciona o isolamento das vigilâncias ativas. É certo que cada cidadão terá os seus níveis de civismo e de perceção da situação em que vivemos, mas há regras que devem ser cumpridas.
Consulte aqui os casos por concelho:
Maria dos Anjos Esperança explica que os casos positivos de COVID-19 são informados às forças policiais, seja PSP ou GNR, assim como os que estão em confinamento. E, explica da delegada de saúde, que só com autorização expressa da saúde pública é que a autoridade policial não exerce a sua autoridade.
Já em relação aos testes que estão a ser feitos às casas de acolhimento a expectativa é a mesma que existia em relação aos lares licenciados e Instituições Particulares de Solidariedade Social, que as pessoas que tratam dos idosos tenham tido os cuidados para não contraírem a infeção.
Maria dos Anjos Esperança faz ainda o apelo para que as pessoas não procurem nos próximos tempos ajuntamentos ou espaços de lazer onde existam grandes concentrações, mesmo que seja ao ar livre. Só assim se conseguirá baixar a fase do planalto na qual ainda estamos.
Maria dos Anjos Esperança, ACES Médio Tejo
Consulte aqui os casos positivos e os recuperados por concelho:
Abrantes testa funcionários de lares não licenciados
Já se sabia, desde o final da semana passada, que os funcionários dos 130 lares não licenciados ou casas de acolhimento do distrito de Santarém iriam começar a ser despistados por forma a evitar surtos como os que aconteceram há 15 dias em Carvalhal (Abrantes) e Casével (Santarém).
Hoje mesmo, o Município de Abrantes deu conta na sua página oficial do Facebook que vão ser feitos testes a 108 pessoas que trabalham em casas de acolhimento no concelho, num trabalho que diz ter sido articulado com os presidentes das juntas de freguesia.
Recorde-se que o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela Proteção Civil e pelas Câmaras Municipais do distrito tem como objetivo perceber as casas de acolhimento que existem sem qualquer intenção punitiva. O que interessa, dizem os responsáveis, é poder ter toda a rede de cuidados a idosos testados. O que acontece, muitas vezes, é que as casas de acolhimento têm mais do que três idosos e é por esse motivo que não tendo os licenciamentos se tornam ilegais ou lares não licenciados.
Informa ainda o Município de Abrantes que os trabalhadores da Câmara, Juntas de Freguesia e Serviços Municipalizados, que tem continuado a exercer as suas funções e expostos ao público, foram também sujeitos aos testes à SARS-COV-2. Estes testes foram efetuados depois de um parecer enviado pela Unidade de Saúde Pública à Comunidade Intermunicipal Médio Tejo.
Foto: Município de Abrantes
Este parecer é divulgado na íntegra pela mesma publicação. “A realização de testes específicos de certas doenças serve para confirmar ou não se a pessoa que apresenta determinados sintomas sofre, ou não, da doença que está a ser testada. Como é do conhecimento de todos, o Vírus SARS-COV-2 agente da Infeção COVID-19, transmite-se de pessoa a pessoa podendo dar origem a um elevado número de doentes ou a pessoas portadoras assintomáticas, mas transmissoras de daquele agente. Embora o teste traduza o que se passa no momento em que é feito dá-nos também a capacidade, com a identificação de casos positivos, de conter o coronavírus, sendo, portanto, muito importante aumentar a capacidade de realizar os testes, sobretudo em profissionais expostos ao público, nomeadamente profissionais dos Municípios.”