O ACES Médio Tejo voltou a ter 24 horas muito calmas no que fiz respeito a novos casos de infeção do coronavírus. Assim, de acordo com o boletim epidemiológico desta segunda-feira, dia 11, a região composta por 11 municípios continua com 158 registos de infetados com a COVID-19, dos quais 98 já estão totalmente recuperados.
Ainda segundo o relatório há a registar mais três casos de pessoas que ficaram em vigilância ativa por terem tido contacto com outras pessoas infetadas pelo coronavírus. Mas há também o registo de mais duas pessoas que tiveram alta da vigilância ativa, que não apresentaram sintomatologia apesar de uma eventual exposição e que, por isso, voltaram à sua vida normal.
Atualmente o concelho de Abrantes apresenta apenas cinco pessoas com a doença, Alcanena duas, Constância três, Entroncamento seis, Mação uma, Ourém sete, Tomar 11 e Torres Novas 25. Os concelhos de Ferreira do Zêzere, Sardoal e Barquinha têm os seus casos positivos totalmente recuperados.
Já nas vigilâncias ativas Torres Novas lidera a lista com 21, Ourém tem 14 pessoas vigiadas, Abrantes 10, Constância e Entroncamento contam quatro pessoas, cada, em isolamento e Tomar tem duas.
Maria dos Anjos Esperança, coordenadora da Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo, manifestou a satisfação por ter mais um dia sem qualquer situação positiva. Mesmo assim há que esperar os dias necessários para o alívio em relação ao salto de casos da semana passada, nomeadamente das pessoas que estão em vigilância ativa.
Mas este número é bom porque no Médio Tejo continuam a ser feitos testes a todas as forças de socorro e segurança e aos funcionários dos lares de idosos e não se registam casos positivos. “Continuamos a testar muito. Ainda hoje de manhã se fizeram 140 colheitas a funcionários dos lares. Os profissionais do ACES Médio Tejo já fizeram mais de mil testes aos trabalhadores de lares. E vamos continuar a fazer esses testes”, revelou a delegada de saúde ao mesmo tempo que indicou que têm sido negativos.
Maria dos Anjos Esperança
Delegada de saúde desaconselha a realização das festas de verão
Estamos a chegar ao verão e à época de festas e arraiais populares muito acarinhados nas nossas aldeias. O governo já proibiu a realização de grandes festivais de música, similares e as câmaras municipais estão a cancelar os seus grandes eventos, como festas de cidade e de concelho. Interessa, por isso, saber se já houve pedidos de esclarecimento sobre a realização das festas de verão nas aldeias.
Maria dos Anjos Esperança disse este assunto ainda não foi levantado por ninguém, pelo menos junto da unidade de saúde pública. Mas se perguntarem se pode ou não ser feita uma festa no verão, em julho ou agosto? A delegada de Saúde foi taxativa: “Neste momento a indicação é para que não haja qualquer evento até 30 de setembro”. E explica que são momentos de ajuntamento de pessoas em espaços curtos, mesmo que ao ar livre, metem consumo de álcool e é, portanto, desaconselhável que se realizem as nossas tradicionais festas de verão nas aldeias.
A Antena Livre sabe que, mesmo sem comunicações públicas, muitas comissões de festas e juntas de freguesia da região estão a proceder aos cancelamentos de contratos que já tinham para 2020 por forma a que não se realizem festejos. Mesmo que não haja ainda uma diretiva do governo muitas destas entidades estão já a acautelar-se em prol do bem comum da saúde e da contenção do vírus.
Maria dos Anjos Esperança desaconselha a realização de festas de verão