A Câmara Municipal de Abrantes tem em marcha uma série de apoios tendo em vista apoiar a população mais idosa do concelho. Se, por um lado, o Município adquiriu 3.200 máscaras para distribuir pelos lares de idosos do concelho, uma das grandes preocupações, por outro há a necessidade de olhar para aqueles que vivem em casa, mas poderão precisar de apoio para fazer compras de bens essenciais ou de medicamentos.
O programa de levar compras a seniores com mais de 65 anos no concelho já tem 11 serviços [numa semana de funcionamento], mas já tem 66 chamadas. Grande parte, disse Celeste Simão vereadora com a responsabilidade da área social, são no entanto a fazer perguntas sobre a pandemia, sobre a COVID. A vereadora adiantou que já fizeram entregas em Mouriscas, Chainça ou Alferrarede e que os presidentes de junta de freguesa têm aqui um trabalho fundamental de identificar, se for caso disso, as pessoas que terão mais necessidade de apoio. O serviço está a funcionar com as linhas de apoio que já existiam para o apoio nos casos de violência doméstica.
Créditos: CMA
A vereadora disse ainda que há um outro papel das juntas de freguesia que pode ser fundamental até para a atividade económica local. “Onde for possível os presidentes de junta fazerem as compras no comércio local acaba também por ajudar essas atividades económicas”, explicou Celeste Simão que acrescentou que “este seja um trabalho da Câmara no concelho no seu todo, mas que pode ser feito pelas juntas que tenham essa capacidade”.
Uma outra área deste apoio, disse a vereadora, pode ser também a aquisição dos medicamentos para estes idosos mais isolados ou mais solitários. No entanto, não pretendem aqui sobrepor-se ao trabalho que as farmácias já fazem junto da população mais idosa.
Celeste Simão explica aquilo que os serviços estão a fazer
Já quanto às Instituições Particulares de Solidariedade Social, Celeste Simão afirmou que há um conjunto de máscaras (3.200) adquiridas no âmbito da Comunidade Intermunicipal para distribuir e depois muita informação. A vereadora diz que as instituições, os lares de idoso, têm os seus planos de contingência ativos. Também tem de haver uma articulação entre todas as instituições que estão ligadas a outras redes. “Nós sabemos que a principal carência que nos fazem chegar é a falta de equipamentos de proteção. E aqui não há falta de dinheiro, há é falta de produtos no mercado. Contamos ter máscaras no final da semana para poder distribuir”.
Os idosos são, naturalmente, um dos grupos de risco e a Antena Livre sabe que as autoridades policiais, nomeadamente a GNR nas freguesias mais rurais, têm feito um trabalho de sensibilização junto destas pessoas. Para além de tentarem perceber porque é que andam na rua aconselham-nos depois a ir para casa onde estão mais protegidos.